A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) incluiu a ivermectina na lista de medicamentos em que é obrigatório a retenção da receita médica.
A decisão, que foi publicada no DOU (Diário Oficial da União) desta quinta-feira (23), tem por objetivo evitar a compra indiscriminada da substância.
Segundo a agência reguladora, o antiparasitário não é recomendado para a prevenção e/ou tratamento da covid-19 —doença sistêmica provocada pelo novo coronavírus, que já matou mais de 84 mil pessoas no País.
“O objetivo da norma é coibir a compra indiscriminada de medicamentos que têm sido amplamente divulgados como potencialmente benéficos no combate à infecção humana pelo novo coronavírus (Sars-CoV-2), embora ainda não existam estudos conclusivos sobre o uso desses fármacos para o tratamento da Covid-19″, diz a Anvisa por meio de nota.
A agência, responsável pela liberação e regulamentação de remédios, afirma que “não existem medicamentos aprovados para prevenção ou tratamento da covid-19 no Brasil”. Qualquer uso fora das indicações previstas na bula devem ser feitos sob escolha e responsabilidade do médico que prescrever.
Alguns estudos com células in vitro (em laboratório) sugerem que o remédio seria eficaz no combate ao coronavírus. No entanto, a dose necessária teria de ser muito acima da máxima, o que requer mais estudos acerca da toxicidade do medicamento.
A ivermectina entra para uma lista que já conta com remédios à base de cloroquina, hidroxicloroquina e nitazoxanida. Todas essas substâncias só podem ser comercializadas com a retenção da receita.
R7