De acordo com o relatório do Departamento de Justiça Americano sobre o pagamento de propinas feito pela Odebrecht a políticos e servidores públicos, o ex-governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), teria recebido doação eleitoral legal, em 2008, da Braskem, para que a empresa continuasse tendo como contrapartida créditos tributários em seu benefício na Bahia.
No documento, Wagner estaria sendo descrito como “Brazilian Official 9”, segundo o Valor Econômico.
Segundo o relato da autoridade americana, “em meados dos anos 2000, devido ao seu modelo de negócio, a Braskem começou a acumular créditos tributários em um nível particularmente alto nos Estados em que operava. Se a empresa continuasse a acumular tantos créditos, deixaria de gerar receitas tributárias para os Estados. Por volta de 2008, a situação estava tão desbalanceada que os governos estaduais passaram a ameaçar a Braskem com uma alta significativa de outros impostos”.
A campanha de reeleição de Jaques Wagner (PT) ao governo da Bahia em 2010 recebeu R$ 910 mil da Braskem. Foram duas doações. Wagner e seus advogados não responderam à matéria.
Varela Notícias