O juiz Guilherme Schilling, do Juizado Especial do Torcedor e dos Grandes Eventos, do Rio de Janeiro, concedeu hoje (14) liberdade provisória, com o uso de tornozeleiras eletrônicas, a 63 integrantes da torcida organizada Força Jovem do Vasco, presos desde o dia 28 de outubro último, por descumprirem decisão judicial, que determinava o afastamento dos estádios. Outros cinco integrantes da torcida tiveram o pedido de liberdade negado.
Segundo o Grupamento Especial de Policiamento de Estádios (Gepe), o grupo se preparava para um confronto com a torcida do Flamengo quando avistou a polícia e se escondeu na sede da organizada, que fica em São Cristóvão, a menos de cinco quilômetros do estádio de São Januário, local da partida Vasco 0x1 Flamengo , realizada no dia 8 de julho deste ano.
Na decisão, Schilling afirma que a manutenção da prisão dos outros cinco integrantes da organizada é necessária para a preservação da ordem pública, já que eles são réus em outros processos de violência em eventos esportivos. Um deles, Sávio Agra Sássi, é o presidente da Força Jovem do Vasco.
“Em relação a estes, inequívoca a presença do periculum libertatis, [quando a liberdade do acusado oferece perigo] o que atesta a necessidade da custódia cautelar para a garantia da ordem pública e a fim de assegurar a aplicação da lei penal”, escreveu o magistrado na decisão.
Além do uso de tornozeleiras eletrônicas, os 63 integrantes da Força Jovem liberados hoje só poderão deixar o Rio de Janeiro com autorização judicial. Eles terão de comparecer mensalmente ao cartório do Juizado do Torcedor, no Fórum Central, e, em dias de jogo do Vasco, precisarão ir à Delegacia de Homicídios, na Barra da Tijuca.
Agência Brasil