No próximo domingo (28) é celebrado o Dia Mundial de Combate às Hepatites Virais e, por conta disso, na área da saúde, o mês de julho é dedicado a discutir e conscientizar sobre estas doenças que acometem parte da população. Aproveitando o momento, o 16º Centro Maria Conceição Imbassahy, em Salvador, fez uma série de eventos relacionados ao tema.
Entre os dias 10 e 24 julho, profissionais da unidade, localizada no bairro do Pau Miúdo, participaram da ação em prol do “Julho Amarelo”, com rodas de rodas de conversa, mesa redonda com convidados e presença dos pacientes em palestras na sala de espera. A campanha feita pelo Centro de Saúde tem por finalidade reforçar as ações de vigilância, prevenção e controle das hepatites virais.
De acordo com a supervisora da área de enfermagem, Eleneide Souza, o projeto é necessário para esclarecer dúvidas existentes na população aos casos de hepatite. Ela afirma que, através do compartilhamento de informação, há o fortalecimento da prevenção e cuidado.
“Esta temática faz parte das nossas atividades diárias durante todo ano, considerando que, realizamos avaliação da situação vacinal dos pacientes e testagem sorológica para a investigação da Hepatite B e C entre outras infecções sexualmente transmissíveis”, diz Eleneide.
Iniciativas como essa fazem parte do programa de humanização estabelecido pela Fundação ABM de Pesquisa e Extensão (Fabamed), que administra o 16º Centro de Saúde. Um dos principais objetivos da instituição é realizar o trabalho de maneira interligada com os seus pacientes, criando maior proximidade e ampliação da atividade de bem-estar para a comunidade atendida.
Sobre os tipos da doença
De acordo com o Ministério da Saúde, no Brasil, as hepatites virais mais comuns são causadas pelos vírus A, B e C. Existem ainda, com menor frequência, o vírus da hepatite D (mais comum na região Norte do país) e o vírus da hepatite E, que é menos frequente no Brasil, sendo encontrado com maior facilidade na África e na Ásia.
As infecções causadas pelos vírus das hepatites B ou C frequentemente se tornam crônicas. Contudo, por nem sempre apresentarem sintomas, grande parte das pessoas desconhecem ter a infecção. Isso faz com que a doença possa evoluir por décadas sem o devido diagnóstico.
O avanço da infecção compromete o fígado sendo causa de fibrose avançada ou de cirrose, que podem levar ao desenvolvimento de câncer e necessidade de transplante do órgão. O impacto dessas infecções acarreta em aproximadamente 1,4 milhões de mortes anualmente no mundo, seja por infecção aguda, câncer hepático ou cirrose associada às hepatites.