Na ação, as empresas foram denunciadas por improbidade administrativa e atos contra a administração pública, já que as companhias eram usadas para lavagem de dinheiro de propina, segundo o MP.
Além de Picciani, a ação cita também os controladores da organização Felipe Picciani, filho do deputado estadual, o sócio André Gustavo Monteiro e o ex-presidente do TCE-RJ (Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro), Jonas Lopes de Carvalho, que atuou como colaborador do MPRJ.
O esquema consistia na compra e venda de gado a preços subfaturados, em 2014 e 2015, com o objetivo de camuflar parte da crescimento desproporcional do patrimônio de Jonas Lopes às receitas obtidas legalmente. Ainda segundo a ação, o dinheiro utilizado nas operações de gado é fruto de propinas de diversas fontes que ele recebeu ao longo dos anos como conselheiro e presidente do TCE-RJ.
Por causa desse esquema, o MP pediu à Justiça, o bloqueio de um total de R$ 10 milhões em bens, entre R$ 2,1 milhões da Agrobilara, R$ 1,23 milhões da Agrocopa, R$ 4 milhões de Jorge Picciani, R$ 2,28 milhões de Felipe Picciani e R$ 780 mil de André Monteiro. Todos os bloqueios foram deferidos pelo TJ-RJ.