A Justiça Federal condenou o deputado federal Josué Bengston, do PTB do Pará, por enriquecimento ilícito. Ele é acusado de desviar recursos da saúde no esquema que ficou conhecido como máfia das ambulâncias ou escândalo dos sanguessugas.
Além da perda do mandato após o trânsito em julgado, Bengston teve os direitos políticos suspensos por oito anos e terá que pagar cerca de R$ 150 mil em multas e devolução de verbas públicas.
No âmbito do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, ainda cabe recurso contra a sentença proferida pelo juiz federal Henrique Cruz e encaminhada ao Ministério Público Federal.
No processo, os procuradores afirmam que o deputado paraense direcionava as emendas para os municípios de interesse dele. Posteriormente, as licitações eram fraudadas em benefício da empresa Planam, que por sua vez depositava contrapartidas para o deputado e para uma instituição religiosa da qual ele faria parte.
Já foram identificados prejuízos da ordem de R$ 74 mil para os cofres públicos de dois municípios paraenses: Ulianópolis e Bagre. Desvios em outras seis cidades ainda estão sendo investigados. O principal depoimento que embasa as acusações é o do empresário Luiz Antonio Trevisan Vedoin, sócio do grupo Planam.
A assessoria do deputado Josué Bengston afirma que o parlamentar analisa os termos da sentença e vai recorrer. Ele questiona a rejeição de testemunhas de defesa e pede para ser ouvido no processo.