A Justiça de São Paulo determinou a internação imediata no RDD (Regime Disciplinar Diferenciado) do detento Wanderson Nilton Paula Lima, o Andinho, considerado um dos integrantes mais violentos e perigosos do PCC (Primeiro Comando da Capital).
Os presos Hamilton Luiz Pereira, o Hidropônico, e Fabio de Oliveira Souza, o Fabinho Boy, também receberam a mesma punição. Todos são acusados de planejar o assassinato de agentes penitenciários e policiais. Eles já estão no Presídio de Segurança Máxima de Presidente Bernardes, o único que dispõe desse regime no Estado.
Os três estavam presos na Penitenciária 2 de Presidente Venceslau, no Interior, que possui um regime mais rigoroso na vigilância dos detentos. Segundo promotores do Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado), isso não foi suficiente para impedi-los de planejar as ações criminosas juntamente com bandidos que estão nas ruas.
A investigação descobriu que, por meio de cartas codificadas, o trio havia dado a ordem para outros integrantes do PCC que estão soltos para fazer o levantamento dos endereços das casas de agentes penitenciários, policiais civis e militares de cidades como Presidente Prudente, Ribeirão Preto, Presidente Bernardes, Araraquara, entre outras. As execuções deveriam parecer latrocínios (roubo seguido de morte) para não despertar suspeitas contra a facção criminosa.
Em junho, durante uma operação da Polícia Civil, os investigadores prenderam integrantes da organização durante uma reunião em Ribeirão Preto. Em um dos computadores apreendidos pelos policiais, estavam pastas com fotos e mapas indicando a residência dos agentes públicos. A vigilância chegava a incluir a rotina de familiares, como mulheres e filhas.