Um homem de 45 anos foi morto, na quinta-feira (11), após participar da Lavagem do Bonfim, considerada a maior festa religiosa e popular da Bahia. O crime aconteceu na região da Ladeira da Água Brusca, no bairro do Barbalho, em Salvador.
A vítima foi identificada como Nilton Leal da Conceição, conhecido como “Meu bem”. Nas redes sociais, é possível ver um vídeo em que ele aparece alegre e dança durante a procissão do Senhor do Bonfim, que acontece em trecho de cerca de 6,5 km na região da Cidade Baixa.
A vítima também divulgava projetos de doações para pessoas em situação de rua.
Informações preliminares passadas por testemunhas indicam que um homem se aproximou de Nilton, na rua Vital Rego, por volta das 19h30, atirou e fugiu.
Nilton chegou a ser levado para o Hospital Geral do Estado (HGE), mas não resistiu aos ferimentos. O corpo foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) de Salvador.
“Era um menino do bem”, lamenta mãe
A mãe de Nilton, Maria Leal, diz ter passado mal assim que soube do crime e foi encaminhada para uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA). Ela o classifica como uma pessoa “do bem”.
“Sinto a perda de meu filho. Era um menino do bem, trabalhador, caprichoso e que nunca me deu trabalho. Estou me sentindo fortalecida pelas pessoas que falam bem dele”, disse.
Ela disse também que a morte do filho tem causado supresa nas pessoas.
“Morreu uma pessoa inocente. Brincalhão, trabalhador, prestativo, todo mundo está surpreso”, lamentou.
O caso é investigado pela 3ª Delegacia de Homicídios (DH/BTS), que fica no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Ainda não há detalhes sobre a autoria e motivação do crime.
Antes de registrar a morte do homem, a Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA) divulgou um balanço parcial das 7 às 16h, que não apontava crimes considerados graves contra a vida e de roubo na festa.
A Polícia Civil tinha registrado 45 furtos (subtração sem o uso da violência), no evento. De acordo com o órgão, 14 aparelhos foram recuperados com três homens de 22, 26 e 49 anos, que foram presos.
A suspeita é de que o trio encenava brigas e, durante o princípio de tumulto, roubava os smartphones das vítimas. Além dos celulares, os homens foram flagrados com cartões bancários, um relógio e R$ 156.
G1