A lava expelida pelo vulcão Kilauea, que entrou em erupção no início do mês no Havaí, atravessou uma rodovia e chegou ao oceano Pacífico neste domingo (20) e criou um novo risco para a saúde dos moradores da maior ilha do arquipélago.
Depois do risco causado pelo próprio movimento da lava ao subir à superfície, das explosões que atiravam blocos de pedra, das nuvens de cinzas e do dióxido de enxofre, gás tóxico que começou a sair pelas mais de 20 fissuras que apareceram no solo da ilha, o perigo agora está na mistura da lava com a água do mar.
Ácido e partículas no ar
Segundo informações da CNN, quando a lava atinge a água do mar, o choque térmico e a mistura das substâncias que formam o magma com a água fazem com que ácido clorídrico e partículas de vidro vulcânico sejam expelidos no ar.
Os vapores e substâncias formados pela mistura podem causar inflamações de pele, olhos e até afetar os pulmões. De acordo com as autoridades do Havaí, a toxicidade no ar chega a níveis que podem até matar.
“Essa mistura quente e altamente corrosiva de gases causou duas mortes de pessoas que estavam próximas a um ponto onde a água do mar atingiu um fluxo de lava em 2000”, alertou um comunicado do Observatório Havaiano de Vulcões (HVO, na sigla em inglês).
Além disso, afirma o HVO, quando as nuvens de gases são atingidas por chuvas, a chuva ácida resultante tem o mesmo pH do ácido usado em baterias de carros.
R7