Entrando em vigor em 2020, projeto promete mudar a relação entre em instituição e consumidor.
O ano de 2020 está chegarando, e com ele, uma interessante transição no universo digital: a Lei Geral de Proteção de Dados. Sancionada em 2018, a lei implica em um maior cumprimento das empresas em relação à proteção de dados dos usuários, além de mais transparência e investimento na comunicação com os clientes sobre como esses dados são armazenados e tratados.
Embora entre em vigor apenas a partir de agosto, muitos empreendimentos já estão se movimentando para a reconfiguração de cenário que ela traz. De acordo com a consultora de Marketing Digital Priscyla Caldas, “a lei promete alterar o organograma das empresas, que terá de incluir profissionais específicos para a proteção de dados, os chamados DPO’s, além de pessoas de Direito especializadas nessa área”.
De acordo com Priscyla, que atua como diretora da agência Aruna Marketing, “a lei dá mais poder ao usuário, um movimento que já vem sido perceptível nas últimas décadas, com o avanço do marketing voltado para o consumidor e para os valores. Hoje em dia, não há imposição da empresa, o público não só está no controle, mas também a par de tudo que os negócios fazem, se eles respeitam as leis e são éticas”.
“Em relação às empresas, foram dois anos de adaptação para que revissem as posturas e elaborassem novos jeitos de dialogar com o público, explicar de maneira sucinta e didática como aqueles dados serão usados. É uma oportunidade para estreitar laços e estabelecer uma relação de confiança com seus clientes”, afirma Priscyla, que é Mestre em Comunicação nas Organizações pela Universidade Lusófona (Portugal).
“É um momento adequado para pôr em ordem qualquer irregularidade no seu negócio, não só por medo da lei, mas para estar de acordo com os valores socioculturais e respeitar seu público consumidor. Com o aumento da fiscalização, e um conselho nacional de proteção de dados, é interessante contratar outras empresas especializadas que ajudem a reforçar a criptografia e testar possíveis falhas assim que possível, até para garantir um ambiente de trabalho mais seguro”, finaliza a profissional.