Acusado pela ex-namorada, Alexsandra do Nascimento, 43 anos, de espancá-la, o humorista Renato Fechine fez críticas à Lei Maria da Penha e à denúncia feita contra ele, que nega as agressões. “A Lei Maria da Penha é imbecil e drástica”, declarou em entrevista ao jornal Correio, reafirmando que a briga não aconteceu e que a mulher teria machucado a si mesma. “Tudo isso é mentira. Eu estou vendo minha filha chorando, porque o que ela [Alexsandra] está dizendo sobre mim é irreversível”. Em vídeo divulgado após o caso vir à tona nesta segunda-feira (29), ele se defendeu e voltou a mencionar a legislação. “É isso. Ela é protegida por lei. Esse país tem lei para vagabundo… Qualquer pessoa que disser que você bateu, você está fudido, bicho. Eu só acho que é uma irresponsabilidade você envolver a vida de uma pessoa sem ouvir ela antes”, afirma, para acrescentar: “Porque a minha vida, eu tenho 51 anos de idade. Ninguém nunca viu Renato Fechine metido em confusão, ninguém nunca viu Renato Fechine bebendo em bar. Nunca me viu em camarote, a não ser que seja trabalhando. Eu só bebo na minha casa, eu não dirijo bebendo. E eu sou incapaz de bater em alguém”. Em entrevista ao Correio, Fechine relatou que Alexsandra foi a sua casa, dizendo que estava com “saudades”. Ao chegar ao local, ela teria ficado com ciúmes de algumas amigas dele que estavam no imóvel. Segundo ele, quando elas foram embora, a ex-namorada começou a bater em si mesma. Na sequência, a mulher teria, de acordo com o relato do humorista, tomado remédios junto com vodca para dormir. Ele afirma ter jogado um balde de água dois dias depois para acordá-la, quando ela ainda estava na cama. “Eu peguei o balde e joguei, porque já tinha pedido pra ela sair da minha cama. Ela saiu de lá de casa dizendo que ia fu… comigo”. Ele também comentou as duas ocorrências registradas pela ex contra ele, em julho e outubro do ano passado. “Ela surtou um dia e chamou a polícia aqui pra casa”, comentou. A promotora Livia Vaz, coordenadora do Grupo de Atuação Especial em Defesa da Mulher e da População LGBT (Gedem) do Ministério Público (MP-BA), rebateu as afirmações de Fechine sobre a Lei Maria da Penha. “Já salvou e salva muitas mulheres”, afirma a promotora. Sobre a declaração de que a norma é “imbecil e drástica”, Lívia pontuou: “Drásticos são os índices de violência contra a mulher”.
Bahia Notícias