Utilizar nomes de terceiros em contas bancárias e comprar bens com dinheiro vivo e depois revendê-los eram as formas utilizadas por Venicio Bacellar Costa, o ‘Fofão’, para lavar o dinheiro conquistado através do tráfico de drogas e roubos a instituições financeiras, na Bahia. Foram R$ 3,4 milhões entre 2014 e 2017 movimentados por essa quadrilha que agia na Região Metropolitana de Salvador, mais especificamente nas cidades de Camaçari e Simões Filho.
Fofão responde também a outros inquéritos por homicídios. O criminoso estava foragido desde o primeiro estágio da Operação Balão Mágico, no mês de agosto, quando dez pessoas foram presas e uma morta em confronto. Na capital paulista, onde ele foi preso durante tentativa de roubo a uma mansão no bairro do Morumbi, a polícia acredita que ele buscava refúgio.
“Um grande passo na desarticulação total dessa quadrilha. Atacamos a parte financeira e seguiremos cruzando as informações para chegarmos a outras contas e bens adquiridos com dinheiro ilícito”, declarou a delegada Andrea Ribeiro, do Departamento de Repressão e Combate ao Crime Organizado (Draco).
O também delegado do Draco, Marcelo Calmon, destacou ainda que Fofão era responsável pela parte logística de distribuição de drogas, armas e dinheiro. Ele e Diego Ferreira Figueredo, o ‘Açúcar’, que morreu após reagir a abordagem, na tarde de ontem, na saída do Aeroporto Internacional de Salvador, eram os principais alvos da polícia. Ainda no confronto, Aloisio Ribeiro da Silva, mais conhecido como Gordo, criminoso com passagem por tráfico, também acabou não resistindo.
O comandante de Policiamento Especializado (CPE), coronel Humberto Sturaro, informou que o patrulhamento foi reforçado na capital e RMS, nos locais mapeados pelos setores de inteligência da PC e SSP. “Não vamos recuar. Foi uma grande ação, com o alvo principal sendo trazido de outro estado. A polícia baiana está unida e dando a resposta contra as principais organizações criminosas”, destacou.
Fofão será indiciado por tráfico de drogas, lavagem de capitais, associação criminosa e falsidade ideológica.
SSP