O presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in, disse nesta quarta-feira (17) que existe uma “alta possibilidade” de um conflito com a Coreia do Norte, país que está levando adiante programas de mísseis e nuclear que diz serem necessários para se contrapor a uma agressão dos Estados Unidos. As informações são da agência Reuters.
Os comentários de Jae-in vieram horas depois de a Coreia do Sul, que abriga 28.500 soldados norte-americanos, dizer que deseja abrir um canal de diálogo com o vizinho do norte. Ele visa uma política dupla, envolvendo sanções e diálogo, para tentar conter os norte-coreanos.
A Coreia do Norte não faz segredo do fato de que está desenvolvendo uma míssil de capacidade nuclear que seja capaz de atingir o território continental dos EUA, e vem ignorando os pedidos para que interrompa os seus programas de mísseis e nuclear – até da China, sua única grande aliada.
Pyongyang realizou seu lançamento de míssil balístico mais recente no domingo, desafiando o Conselho de Segurança da ONU, e disse ter se tratado de um teste de sua capacidade para transportar “uma ogiva nuclear pesada e grande”, provocando críticas do Conselho.
“A realidade é que existe uma alta possibilidade de um conflito militar na Linha de Limite do Norte (NLL, na sigla em inglês) e na linha de demarcação militar”, disse Moon, segundo a Casa Azul, a residência presidencial sul-coreana.
Ele também disse que os recursos nucleares e de mísseis do Norte parecem ter progredido rápido recentemente, mas que o Sul está pronto e capacitado para reagir caso o Norte ataque.
Moon venceu a eleição presidencial da Coreia do Sul na semana passada com uma abordagem mais moderada em relação ao vizinho e disse, depois de tomar posse, que quer buscar o diálogo, assim como a pressão. Mas ele ainda afirmou que a Coreia do Norte precisa mudar sua atitude de insistir em levar adiante seu desenvolvimento de armas antes de um diálogo ser possível.
O porta-voz do Ministério da Unificação sul-coreano, Lee Duk-haeng, disse a repórteres que a postura mais básica do governo é que as linhas de comunicação entre as Coreias deveriam ser reabertas.
Agência Brasil