Um homem e uma mulher foram presos na noite desta sexta-feira (21) em Londres, na Inglaterra, por suspeita de envolvimento com a operação dos drones que provocaram o fechamento das pistas de pouso e decolagem no aeroporto de Gatwick — o segundo maior e mais movimentado da capital britânica. As informações são do jornal britânico The Guardian.
Em nota, a polícia de Sussex — região onde fica Gatwick — declarou que as prisões foram realizadas pouco após as 22h no horário local (20h no horário de Brasília). O aeroporto reabriu neste sábado (22), mas a administração pediu aos passageiros que verifiquem a situação de seus voos com as companhias aéreas antes de viajar.
“Nossas pistas estão abertas e pretendemos cumprir nossa agenda integralmente — com 757 voos marcados, levando 124.484 passageiros”, afirmou um porta-voz.
36 horas sem voos
Entre quarta (19) e quinta-feira (20), o aeroporto de Gatwick passou quase 36 horas fechado pela presença de drones no espaço aéreo. Cerca de 100.000 passageiros foram afetados. Na sexta-feira, as atividades foram retomadas pela manhã, mas paralisadas durante a tarde depois que os dispositivos foram avistados novamente. Em pouco tempo, entretanto, medidas militares asseguraram aos operadores de voos que era seguro reabrir a pista pela segunda vez.
Em pronunciamento, o diretor executivo de Gatwick confirmou que a ação envolvendo drones foi deliberada para o fechamento do aeroporto.
Cinco anos de prisão
Após as detenções, o superintendente James Collins declarou que as investigações continuam em andamento.
“Continuamos a pedir para o público, os passageiros e a comunidade de Gatwick a ficarem atentos e contribuírem, contatando-nos imediatamente, caso acreditem ter alguma informação que possa nos ajudar a levar os responsáveis à justiça. As prisões que fizemos esta noite são o resultado da nossa determinação em manter o público protegido contra danos”, completou.
Pelas legislação do Reino Unido, os responsáveis por operar drones de forma ilegal podem enfrentar até cinco anos de prisão.
R7