Apesar do MMA feminino apresentar um crescimento no mundo todo nos últimos anos, a luta entre mulheres ainda é um tabu na Rússia. A lutadora de UFC, Yana Kunitskaya, revelou ao site Ag Fight que o combate feminino não é bem visto no país. Ela chegou a ser cogitada para o card do UFC Fight Night 136 marcado para o dia 15 de setembro, em Moscou, o primeiro da história em solo russo.
“Primeiro, me convidaram para lutar na Rússia. Mas, depois, eles viram que, na Rússia, há um pensamento tradicionalista de que mulheres não podem lutar. Que as lutas não foram feitas para as mulheres. Então, eles ficaram receosos de colocar meninas lutando. As meninas que treinam e lutam não se importam com o que essas pessoas pensam. Acho que uma luta feminina em cada evento seria bom, e tenho certeza de que o evento vai ser bem-sucedido”, afirmou a russa.
Yana está se preparando para encarar a sueca Lina Lansberg no UFC 229 que acontecerá no dia 6 de outubro, em Las Vegas. Elas vão se enfrentar pelos pesos galos (até 61kg). Para isso, a russa teve que baixar o peso. Será o seu primeiro desafio nesta divisão. Yana tem feito toda a preparação para o combate na ‘Terra do Tio Sam’.
“Acho que tenho mais fãs aqui nos Estados Unidos do que na Rússia, e estou feliz com isso. Talvez sim. Gosto daqui”, disse.
Recém-chegada no UFC, Yana estreou na organização diante de Cris Cyborg, considerada por parte da imprensa como a maior lutadora de todos os tempos. Na luta realizada em março deste ano, a russa foi nocauteada pela brasileira. Ela fez uma análise um tanto quanto curiosa sobre o embate.
“Não vejo Cyborg como um bom início para ninguém”, revelou a atleta com risadas e bom humor. “Acho que eu fiquei mais forte mentalmente, porque havia muitos olhares em mim de repente, com pouca antecedência, muita pressão psicológica em mim. Mas não sei dizer se aprendi algo, porque foi uma luta muito rápida”, ironizou.
Bahia Notícias