Após reunião com o embaixador da China, Yang Wanming, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou, nesta quarta-feira (20), descartar motivos políticos sobre a demora para envio ao Brasil de insumos chineses para a produção de vacinas contra a covid-19.
“Foi uma reunião muito positiva. O embaixador deixou claro que não há nenhum obstáculo político, que a tramitação técnica que atrasou um pouco, mas que estão trabalhando junto com o governo, de forma clara, pela aceleração da exportação dos insumos ao Brasil”, afirmou Maia.
Iniciada no último domingo (17) no Estado de São Paulo, a vacinação da população brasileira contra a covid-19 no país pode ser interrompida em pouco tempo por dificuldades na importação de imunizantes prontos e de matéria-prima para a produção.
O Instituto Butantã ainda aguarda a chegada do chamado Insumo Farmacêutico Ativo, o princípio ativo da vacina, que vem da China, para poder fabricar mais doses. A FioCruz informou, na última terça-feira (19), que a entrega da vacina de Oxford atrasará em decorrência da demora da chegada de insumo que também vem do país asiático.
Questionado por jornalistas, Maia disse que não há um prazo para os insumos chegarem ao Brasil. “Mas há um empenho do governo chinês, junto com a embaixada chinesa, para que os insumos possam chegar o mais rápido”, afirmou.
“Nesse momento, é não olhar para conflitos políticos, e todo mundo que possa ter uma boa relação com a Embaixada da China, eu acho que pode, deve ajudar”, argumenta Maia, sob o pano de fundo de as críticas, feita pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), sobre o país asiático – inclusive, sobre a vacina contra a covid-19 -, dificultando o processo diplomático entre as duas nações.
R7