Um estudo realizado pelo Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro traçou o perfil das vítimas de acidentes de trânsito em 2017. Segundo a pesquisa, as maiores vítimas das ocorrências são homens entre 20 a 29 anos, que registram incidência 324% maior do que entre as mulheres da mesma idade.
A mesma pesquisa mostra que o meio de transporte campeão em acidentes é a motocicleta, responsável por 47,7% das vítimas atendidas pelos bombeiros. Segundo o relatório, as motos correspondem a 16,7% da frota no estado e, mesmo assim, foram motivadoras de quase metade dos socorros prestados no último ano.
Em seguida está o carro, que representa 68,2% da frota e é responsável por 28,9% dos atendimentos. Já os atropelamentos equivalem a 11,7% dos resgates e as bicicletas, 6,9%. Apenas 2,8% das pessoas socorridas estavam em ônibus, 1,2% em caminhões e 1% em vans.
Lesões
Quanto às lesões mais recorrentes, as pernas e braços são os locais mais atingidos e correspondem a 34% e 31,6%, respectivamente. Ferimentos no rosto totalizam 11,7% e na cabeça, 10,1%.
Segundo a pesquisa, os pedestres são os mais vulneráveis aos traumas múltiplos, lesões graves e mortes porque ficam desprotegidos e expostos ao impacto direto do veículo. Os incidentes que geram maior número de traumas graves são os atropelamentos. Já o menor número diz respeito a vítimas socorridas em ônibus.
Em 2017, o Corpo de Bombeiros constatou 1.236 óbitos ainda na cena de socorro. Desse total, 35,5% eram condutores ou tripulantes de motocicletas, 33,9% ocupantes de automóveis e 20% de pedestres. Os outros 10,6% contabilizam outros perfis.
Dispositivos de segurança
A importância do uso do cinto de segurança e do capacete é confirmada no relatório. Do total de vítimas que saíram ilesas de um acidente, 69,9% utilizavam equipamento de proteção. Os registros também indicam que os dispositivos evitam lesões mais graves; apenas 25,3% das vítimas graves de acidentes de carro, com risco iminente de vida, estavam de cinto.
Apenas 44,7% dos acidentados em automóveis usavam o cinto de segurança e em somente 34,6% dos socorros envolvendo crianças de zero a sete anos o uso do assento infantil foi identificado. Já entre os motociclistas, a utilização do capacete foi verificada em 63% dos casos.
O estudo foi realizado a partir de dados registrados pelas unidades operacionais do Corpo de Bombeiros, tendo como base os atendimentos pré-hospitalares realizados no território fluminense envolvendo veículos terrestres. A intenção da pesquisa é fornecer informações para basear e fortalecer estratégias de prevenção.
Agência Brasil