Durante quatro dias, amantes da literatura passaram pela cidade do Recôncavo e aproveitaram a programação diversificada_
Poesia e música deram o tom de encerramento da 10 ª edição da Festa Literária Internacional de Cachoeira, a Flica, na manhã deste domingo (6), com o Sarau dos Poetas e apresentação da Banda Ayê – Ilê Aiyê. Durante os quatro dias da festa, amantes da literatura passaram por Cachoeira, cidade do Recôncavo baiano, desfrutando de mesas e de conversas sobre literatura com a temática, “Liberdade, Literatura e Brasis”, enaltecendo a diversidade de estilos e perspectivas na literatura e arte brasileiras e estrangeiras.
De acordo com Jomar Lima, coordenador geral da Flica, a sensação é de dever cumprido, de gratidão. “Após dois anos sem uma das maiores Festas Literárias do país, a Flica, por conta da pandemia de Covid -19, conseguimos ampliar os horizontes, mostrar a força dos autores locais e independentes, além de trazer expoentes da nossa literatura para partilhar conhecimento. Esse é um evento muito esperado por toda comunidade literária”, explicou.
Nomes como MV Bill, Cidinha da Silva, Auritha Tabajara, Lívia Natália, Calila das Mercês, Luciany Aparecida, Ricardo Ismael, Dionísio Bahule, Aleilton Fonseca, Marcos Cajé, Yamil Díaz Gomes, entre outros nomes locais, nacional e internacionais passaram pelos espaços criados este ano, como a Tenda Paraguaçu, Geração Flica, além da Fliquinha, local já conhecido e voltado para as crianças. A Flica 2022 conta com a curadoria coletiva de Camilla França, Edgard Abbehusen, Paulo Gabriel Soledad Nassif e Clara Amorim.
Lima também falou sobre os impactos que a Festa traz para a economia e o turismo da região. “A estimativa é que 60 mil pessoas tenham passado por aqui, nos quatro dias de festa, cerca de 20% a mais do que a última edição em 2019. Foram mais de 200 expositores entre artesãos, empreendedores de versos segmentos e unidades indígenas e quilombolas, que puderam mostrar a sua arte”, exaltou.
*Encerramento*
A manhã deste domingo foi iniciada com o Sarau dos Poetas comandado por Fábio Pereira e páginas do som, todos artistas locais. Poetas da região, entre adultos e jovens, declamaram suas poesias, muitos falando sobre suas vivências e suas histórias de superação. Neste clima de reencontro com a arte, Banda Ayê – Ilê Aiyê fez a sua entrada e “arrastou” centenas de pessoas pelas ruas históricas de Cachoeira até o Palco Ritmos, onde foi encerrada a 10ª Festa Literária Internacional de Cachoeira, a Flica.
*Sobre a Flica* Com primeira edição em 2011, há 10 anos a Festa Literária Internacional de Cachoeira (Flica) se estabelece como um dos principais encontros literários do Brasil, tornando-se um local de reunião de multidões criativas de todas as origens. A festa nasceu e se afirmou no Recôncavo da Bahia, no município de Cachoeira, região estratégica para o entendimento do desenvolvimento socioeconômico e cultural do Brasil e pano de fundo para escritores como Gregório de Matos, Castro Alves, João Ubaldo Ribeiro e Jorge Amado. O evento é uma realização da Fundação Hansen Bahia em parceria com a CALI – Cachoeira Literária, conta com o patrocínio da Bahiagás e do Governo do Estado da Bahia e tem a LDM como livraria oficial, com apoio da Prefeitura de Cachoeira, Universidade Federal do Recôncavo da Bahia -UFRB e Instituto Ibirapitanga.