Pacientes cardíacos, diabéticos, hipertensos, fumantes, com algum tipo de câncer e maiores de 60 anos são alguns dos grupos de risco do Covid-19, ou seja, são pessoas mais propensas à contaminação do que as saudáveis. Como a Organização Mundial de Saúde (OMS), assim como os órgãos competentes das esferas municipal e estadual, têm orientado a população a ficar em isolamento ou distanciamento social inicialmente por alguns dias, a tendência é que o nível de estresse e ansiedade das pessoas aumente durante esse período, fato que prejudica de maneira mais acentuada esses grupos.
“Se a pessoa começa a sentir dores no corpo, alterações no sono, impaciência e esquecimento, por exemplo, possivelmente está apresentado o DISTRESSE, ou seja, o estresse negativo que provoca desequilíbrio hormonal e baixa a imunidade. Ao contrário do EUSTRESSE, o estresse positivo que motiva a pessoa para alcançar uma meta ou superar a si mesmo em algo que deseja. Para os grupos de risco, a queda da imunidade é um fator que os deixa ainda mais vulneráveis e medidas como a prática da meditação pode ajudar nessa situação”, explica o psicoterapeuta especialista em gestão do estresse, Diego Wildberger.
Meditar é concentrar a mente, focar no aqui e agora, no momento presente, voltando para si mesmo e “desligando” do mundo exterior, percebendo melhor os pensamentos, sentimentos e comportamentos. Entre os benefícios da prática estão o controle da ansiedade e do estresse, equilibrando mente, corpo e espírito. Em tempos das fake news, excesso de informações e isolamento social, procurar manter o equilíbrio emocional e a saúde mental é fundamental.
A seguir, dicas simples para meditar:
Coloque uma música que te ajude a relaxar, pode ser um mantra ou som de cachoeira, por exemplo;
Procure uma posição confortável, pode ser sentado ou deitado, mas cuidado para não pegar no sono;
Respire de maneira consciente e pela barriga, observando a entrada e saída do ar, devagar;
Feche os olhos para conectar com o seu interior e tome consciência do mundo ao seu redor com seus sentidos de audição e tato, se permita apenas sentir o momento presente.
Alguns minutos diários de prática são suficientes para quem está começando. Ao terminar, basta abrir os olhos, levantar devagar e seguir com as atividades do dia.
Para aqueles que se interessam por meditação, segundo o médico pesquisador Jon Kabat-Zinn professor da universidade de Massachusetts nos Estados Unidos, o hábito de meditar 20 minutos por dia durante 8 semanas é o suficiente para notar alterações significativas e positivas de hormônios, comportamentos e humor, tão necessários nos dias atuais.