A festa do 20º título de campeã da Mangueira começou antes mesmo de o locutor Jorge Perlingeiro concluir a apuração. A penúltima nota no quesito fantasia, um 9,9, já garantia à verde e rosa a pontuação à frente da Viradouro, segunda colocada.
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“É um samba histórico. Agora é ir para a quadra comemorar, junto com os outros mangueirenses”, disse Marquinho Art Samba, um dos intérpretes da Mangueira, na Praça da Apoteose.
O samba do enredo “História pra ninar gente grande” foi um dos grandes responsáveis pelo sucesso da escola.
“O samba fez diferença sim. Graças a Deus, Mangueira campeã. O samba funcionou na avenida. Foi um trabalho conjunto, do samba-enredo, da bateria, que há 16 anos não ganhava quatro notas 10, do carro de som, que trouxe as notas de harmonia”, comemorou Alemão do Cavaco, diretor musical da verde e rosa.
Danilo Firmino, um dos compositores, sintetizou o sentimento que predomina entre os integrantes.
“O carnaval que sempre foi uma expressão de luta, e falar o que todo mundo queria falar. E mostrar para este Brasil que eles também fazem parte desta história. Todo trabalhador. Toda mulher. Todo negro. Todo índio. Vocês são a história do Brasil. O samba não é nosso”, disse Firmino. “O samba é de cada um. Ele cresceu por isso. Ele cresceu pela força da coletividade que ele tem.”
Viradouro
O presidente da Viradouro, Marcelinho Calil, destacou o retorno da escola de Niterói ao grupo de elite do carnaval carioca, segunda colocada no Grupo Especial, atrás apenas da Mangueira. “Sentimento de dever cumprido como escola e como o simbolismo da Viradouro de voltar a figurar entre as grandes escolas do carnaval do Rio”, disse Calil.
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Calil lamentou as notas baixas nas categorias alegoria e samba-enredo. “Não tenho como falar sobre nota sem a justificativa. A gente fica um pouco limitado”, completou.
Calil elogiou o trabalho de Paulo Barros, mas disse que ainda é muito cedo para saber se contará com o carnavalesco no carnaval de 2020.
“Ficamos muito satisfeitos com o trabalho. Não só do Paulo, mas de todos os profissionais que estão na escola. No momento certo, a gente vai analisar isto, agora a gente só quer curtir. Aproveitar”, disse.
O intérprete da escola, Zé Paulo Serra, comemorou o vice-campeonato. “É um trabalho que vem desde 2017. Acho que este trabalho foi reconhecido hoje aqui. Vamos agora no sábado mostrar, nada contra a Mangueira, que a gente podia estar em primeiro. Agente está muito feliz e vivo”.
Vila Isabel
A rainha de Bateria da Vila Isabel, Sabrina Sato, também comemorou o terceiro lugar da escola da zona norte do Rio.“É o meu nono ano como rainha da Vila Isabel. A escola veio linda, emocionante. É claro que a gente imaginava o primeiro lugar, a gente batalhou muito para isto durante todo ano, mas a gente está feliz de voltar para as Campeãs [desfile], que é o lugar da Vila”, disse.
Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil