O Conselho Tutelar foi até o endereço passado na denúncia e conversou com a mãe. Ela confirmou ter parido recentemente, mas disse que a criança foi raptada na saída da maternidade por um casal. “O que é estranho é que ela teve alta do hospital há dois dias e ainda não tinha registrado nenhum boletim de ocorrência do rapto”, disse o coordenador institucional do Conselho Tutelar de Maringá, Carlos Bonfim.
De acordo com Bonfim, a mulher de 22 anos deu à luz um menino na última segunda-feira (15), na Santa Casa de Maringá. Mesmo sendo moradora de Sarandi, no cadastro do hospital ela deu um endereço de Maringá.
No endereço fornecido no cadastro, uma pessoa que não está envolvida no caso disse que conhecia o casal que estava com um bebê recém-nascido, e a Polícia conseguiu localizar o homem de 44 anos e a esposa dele, de 42.
Na quinta-feira, a Polícia Civil de Maringá reuniu todos os envolvidos na delegacia, e os três negaram que a venda do bebê. Porém, cada um deles apresentou uma versão diferente para o caso.
O homem de 44 anos afirma que a mãe do menino teria dito que ele é o pai e, por não ter condições de criar o bebê, pediu para que ele ficasse com o menino. Ele disse ainda não ter certeza de que o bebê é seu filho e que pretende fazer um exame de DNA. Antes disso, no entanto, ele havia afirmado que era mesmo o pai da criança. A mãe biológica disse que o homem não é pai do menino e manteve a versão de que teve o filho roubado na maternidade.
Segundo o Conselho Tutelar, a mulher do suposto pai, se apresentou no hospital como tia da mãe e foi sua acompanhante durante o parto. Ela disse à polícia que ajudava a mulher com alimentos e dinheiro durante a gestação e afirmou ainda, que a mãe do bebê pediu para que ela e o marido cuidassem da criança depois do nascimento.
A Polícia Civil já solicitou a realização de exame de DNA. Depois de prestar depoimento, os três envolvidos foram liberados. Já o bebê, que está com quatro dias de vida, está em um abrigo de Maringá e aguarda o desfecho do caso.
R7