O surfista brasileiro Gabriel Medina segue vivo na briga pelo bicampeonato. O paulista venceu o australiano Josh Kerr e se classificou para o 4º round no Pipeline Masters, no Havaí, pela última etapa do Circuito Mundial de Surfe (WSL, na sigla em inglês). O duelo aconteceu na noite do último domingo (17), no Brasil. Gabriel esteve sempre atrás na bateria, mas conseguiu a virada no final ao somar 10.00 pontos contra 9.83 do australiano, que se aposenta ao final da temporada.
“Estou feliz de ter achado minhas ondas. Foi bem difícil. As ondas não estavam ajudando e espero que amanhã melhore. Foi por pouco (que não completei o backflip), mas estou feliz de ter dado tudo certo, e Deus está do nosso lado. Vi a esquerda ali na hora, resolvi abrir e deu tudo certo. Consegui dar um aéreo no final”, afirmou.
Rival de Medina na briga pelo campeonato, John John Florence venceu a bateria contra o australiano Ethan Ewing com notas polêmicas. Ewing recebeu duas notas, que pareceram baixas por duas ondas, e por pouco não ultrapassou o havaiano, líder do Circuito. Florence se classificou com o somatório de 10.87 a 10.80. Alguns internautas usaram a hastag #WorldShameLeague, que significa Liga Mundial da Vergonha, para criticar WSL.
Um dos críticos foi o jogador de futebol Neymar. Amigo de Medina, o atacante do PSG registrou a sua indignação no perfil da WSL no Instagram. “Dá o título para o John John logo, hoje foi feio demais. Medina, vai para cima, moleque, contra tudo e contra todos”, escreveu.
Sobre a polêmica, Medina não criticou os jurados abertamente, mas ironizou demonstrando a sua insatisfação. “Não vi (a bateria do John John), eu vi pelas notas (risos)”, disse.
O título pode ser decidido nesta segunda-feira (18). A WSL faz uma nova chamada às 14h30 no horário da Bahia. John John tem 53.350 pontos no ranking Mundial, Medina vem na cola com 50.250. O terceiro é o australiano Julian Wilson, com 45.200, com chances remotas de conquistar o caneco.
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