Com vista à eleição de 2018, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, decidiu investir mais fortemente pelo apoio do presidente Michel Temer e do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Segundo informações do jornal Folha de S. Paulo, Meirelles resolveu se antecipar para encabeçar uma possível chapa e estabeleceu um piso de 5% das intenções de voto nas pesquisas de março como ponto de partida para entrar na disputa. O prazo para alcançar esse patamar é o mês no qual os ministros precisam deixar seus cargos caso decidam concorrer no pleito. Atualmente, Meirelles fica em torno de 2%. Filiado ao PSD, o ministro se vê entre o PMDB de Temer e o DEM de Maia, que procuram um postulante para a corrida presidencial. De acordo com Folha, ele já teve reuniões reservadas com Maia e fez uma sinalização direta a Temer de sua disposição em ser o candidato governista. O presidente disse a seus principais assessores que gosta da ideia, já que o titular da Fazenda afirmou que defenderá o governo. “Temer se interessa por quem defender seu legado”, aponta o ministro Moreira Franco (Secretaria-Geral). Já no último dia 19, Meirelles teve um encontro dominical com Maia em sua residência oficial e discutiu um possível apoio do PSD ao DEM nos estados em que o parlamentar tem maior interesse: Rio de Janeiro e Bahia. No primeiro, Maia quer eleger seu pai, Cesar Maia, governador; no segundo, quer alçar o prefeito ACM Neto ao mesmo cargo. Meirelles não tem o compromisso do presidente do PSD, Gilberto Kassab, com seu projeto – o correligionário quer ser vice de José Serra (PSDB) caso o tucano tente o governo de São Paulo. Sendo assim, Meirelles poderia migrar para o DEM ou até para o PMDB , compondo a chapa governista. Outra atuação no processo de construção de sua candidatura é o registro e divulgação de sua agenda por meio de vídeos nas redes sociais. Ele já está sendo acompanhado por uma equipe e lançou seu primeiro vídeo no Twitter no último dia 26: as imagens mostram um encontro do ministro com startups de Santa Catarina, contendo entrevistas sobre ele, aceleração de imagens e trilha sonora. No final da gravação, aparece a bandeira do Brasil. Veja a primeira peça divulgada pelo ministro da Fazenda:
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