Para que a escolha da sede das Olimpíadas de 2020, agora adiadas para 2021 devido a pandemia do coronavírus, fosse o Japão, membros do Comitê Olímpico Internacional (COI) teriam recebido subornos em troca de votos para o país. Segundo informações divulgadas pela Reuters, Haruyuki Takahashi, um ex-executivo de uma agência de publicidade, admitiu ter dado “presentes baratos” para alguns dos votantes na escolha da sede dos Jogos Olímpicos.
Tóquio ganhou como sede para as próximas edições do evento em 2013. Segundo informações acessadas pela agência de notícias, Takahashi teria enviado para Lamine Diack, importante dirigente da Federação Internacional de Atletismo e votante nas eleições para sede de 2020, um relógio de valor aproximado a 250 mil reais, câmeras e outros presentes que foram entregues em eventos durante a candidatura no país.
“Você não fica de mãos vazias, é senso comum. Os presentes são baratos”, comentou Takahashi. Ele defende que pediu a Diack apoio na campanha para escolha de Tóquio, mas que subornos não houve subornos ou ilegalidades envolvidos.
Atualmente, o dirigente da Federação de Atletismo aguarda ser julgado em Paris. Ele é acusado de corrupção envolvendo eventos esportivos, dentre eles, a escolha do Rio de Janeiro como sede das últimas edições dos Jogos Olímpicos em 2016. Os promotores franceses que fazem as investigações do processo de Diack teriam tido acesso a registros bancários que comprovam o recebimento de 2,3 milhões de dólares enviados pelo comitê de Tóquio e intermediado por um consultor.
Takahashi, ex-executivo da agência Dentsu Inc, contou ainda que sua contratação na empresa era para a função de pressionar membros específicos do Comite Internacional. O COI diz não ter conhecimento sobre subornos aos membros da entidade ou pagamentos privados.
Bahia Notícias