O Bahia fez um jogo cauteloso contra a Ponte Preta, dentro da Arena Fonte Nova. Enfrentou uma retranca fortíssima do time paulista no início da primeira etapa, mas teve paciência para aguardar o melhor momento e marcar com Mendoça, aproveitando passe açucarado de Allione. O jogo ficou aberto, mas com o tricolor com maior posse de bola e buscando evitar erros. Na segunda etapa foi um jogo truncado com pouquíssimas chances de gol. No finalzinho, o tricolor reclamou de um pênalti claro não marcado em cima de Edigar Junio, que ainda levou cartão amarelo. Mas, ele mesmo, fechou o caixão para o campeão do Nordeste, aproveitando, nos acréscimos, passe de cabeça de Mendonça, fuzilando para as redes de Aranha: 2×0. O resultado garantiu ao Bahia não só respirar longe da zona de rebaixamento, como também virou o lado da tabela, chegando à 10ª posição e passado a sonhar alto, com a possibilidade de disputar a Libertadores da América, que pode abrir nove vagas caso Grêmio e Flamengo conquistem a Libertadores e a Sulamericana, respectivamente.
O resultado deste domingo consolida uma fase positiva do Bahia no Brasileirão. Com apenas uma derrota em oito jogos, o time agora está em 10º lugar, com 42 pontos, empatado com Atlético-PR, Atlético-MG e Fluminense, mas com vantagem nos critérios de desempate. O risco de rebaixamento é cada vez menor para o lado tricolor de Salvador.
O Bahia passou quase metade da etapa inicial sem conseguir romper a barreira defensiva montada pela Ponte Preta. Quando teve sucesso, Allione encontrou Mendoza, que, de frente para o gol, tocou na saída de Aranha para inaugurar o placar. O Tricolor teve chance de ampliar, mas Edigar Junio não aproveitou assistência de Zé Rafael. Na Macaca, um jogo de pouca criatividade rendeu apenas um ataque perigoso: Claudinho recebeu cruzamento de Nino Paraíba, mas errou o alvo.
Se faltou pressão no primeiro tempo, o Bahia decidiu começar a etapa final a todo vapor. Juninho, Zé Rafael e Tiago tiveram boas possibilidades de ampliar o placar logo com cinco minutos, mas erraram o alvo. A Ponte tentou mudar a característica do seu time a partir das entradas de Léo Artur e John Kleber (o atacante da base se machucou e deu lugar a Emerson). O resultado foi um duelo mais aberto, mas sem lances de perigo até o último lance, quando Zé Rafael lançou Mendoza, que ajeitou para Edigar Junio dar números finais ao placar.
Bahia e Ponte têm poucas horas de descanso até a próxima rodada do Campeonato Brasileiro. Ambos vão a campo na próxima quarta-feira, com mandos invertidos. A Ponte Preta recebe o Grêmio, às 19h30, no Moisés Lucarelli, enquanto o Bahia visita o Avaí, no mesmo horário, na Ressacada.
Mais abaixo, a Ponte perde mais uma partida como visitante no campeonato (é a pior campanha fora de casa, agora que o São Paulo venceu o Atlético-GO em Goiânia). Com 35 pontos, a equipe de Eduardo Baptista continua em 17º lugar, com três derrotas nos últimos quatro jogos. Segundo contas dos matemáticos, a Macaca precisa de 12 dos 18 pontos em disputa para escapar.
Público na Fonte Nova foi de 20.539 pagantes, o que rende uma renda de quase meio milhão de reais para o Bahia (R$ 492.033,50). O apoio das arquibancadas ajudou o time da casa a conquistar um importante resultado contra uma concorrente direta na tabela.
Com informações do Globo Esporte
FICHA TÉCNICA
Bahia 2 x 0 Ponte Preta
Campeonato Brasileiro – 32ª rodada
Local: Arena Fonte Nova, em Salvador
Data: 05/11/2017
Horário: 17h (Horário da Bahia)
Árbitro: Wagner do Nascimento Magalhães (FIFA-RJ)
Assistentes: Rodrigo Henrique Correa e Thiago Henrique Neto Correa Farinha (ambos do RJ)
Assistentes adicionais: Rodrigo Nunes de Sá e Pathrice Wallace Corrêa Maia (ambos do RJ)
Cartões amarelos: Yago (Ponte Preta) / Edigar Junio (Bahia)
Cartões vermelhos:
Gols: Mendoza e Edigar Junio (Bahia)
Bahia: Jean; Eduardo, Tiago, Lucas Fonseca (Thiago Martins) e Juninho Capixaba; Renê Júnior; Allione (Régis), Vinícius (Juninho); Zé Rafael e Mendoza; Edigar Junio. Técnico: Paulo Cézar Carpegiani
Ponte Preta: Aranha, Nino Paraíba, Yago, Rodrigo e Jeferson; Fernando Bob; Claudinho, Elton, Jádson (Leo Artur) e Maranhão (John Kleber / Emerson); Lucca. Técnico: Eduardo Baptista