O caso de uma garota de 13 anos que infectou 11 parentes com o novo coronavírus em uma reunião de família, incluindo pai, mãe e dois irmãos e dois avós, virou objeto de um artigo do CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças), do governo dos Estados Unidos, publicado na segunda-feira (5), além de ter sido relatado por secretarias de saúde de quatro Estados, Geórgia, Illinois, Massachusetts e Rhode Island.
Para o CDC, o surto familiar destaca questões importantes. Primeiramente, que crianças e adolescentes podem servir como fonte de surtos de covid-19 dentro de suas famílias, mesmo quando seus sintomas são leves. A adolescente só sentiu congestão nasal. E também que adolescentes são mais propensos a se infectar e espalhar o coronavírus do que as crianças mais novas.
O relatório mostra que a menina foi infectada fora de casa em junho ao frequentar um ambiente onde houve um grande surto, sem detalhar qual local era. Por essa razão, ela fez o teste para diagnótico da doença, que, quando ela estava assintomárica deu negativo. Dois dias depois ela apresentou congestão nasal, seu único sintoma.
Naquele mesmo dia, seus pais e dois irmãos viajaram para encontrar 15 parentes. Os participantes da reunião pertenciam a cinco famílias de quatro Estados e tinham idades entre 9 e 72 anos. Eles ficaram em uma casa de cinco quartos e dois banheiros de 8 a 25 dias. Eles não usaram máscara facial nem praticaram o distanciamento físico.
Outros seis parentes da menina, (uma tia, um tio e quatro primos) visitaram esse grupo por 10 horas, mas mantiveram distância e permaneceram ao ar livre. Ninguém usava máscara.
Entre as 15 pessoas que ficaram na mesma casa, 12 tiveram sintomas de covid-19. Um foi hospitalizado e outro teve que ir ao pronto-socorro por causa da dificuldade em respirar. Ambos se recuperaram.
Duas primas das meninas, de 14 e 16 anos, não contraíram o coronavírus.
As taxas de transmissão desse estudo reforçam a importância das medidas de segurança, como manter o distanciamento de 2 metros, usar máscaras e lavar aas mãos com frequência, ressalta o artigo, mesmo pessoas conhecidas ou não.
‘Distanciamento físico, uso de máscara facial e higiene das mãos reduzem a transmissão. Encontros devem ser evitados quando o distanciamento físico e o uso de máscara facial não foram possíveis”, destaca o estudo.
R7