A menina de 12 anos que foi acusada da morte da colega de sala Marta Avelhaneda Gonçalves, de 14 anos, dentro de uma escola em Porto Alegre, obrigou outras crianças a mentirem sobre as circunstâncias da morte da garota.
Durante os depoimentos o delegado do caso descobriu o agravante. Logo que Marta foi asfixiada e começou a passar mal, a agressora exigiu que as outras colegas não contassem a verdade para a diretora. Ela mandou as crianças falarem que a menina teve um desmaio repentino.
Essa mentira se prolongou até a chegada da ambulância e os socorristas usaram o procedimento padrão para mal súbito e não para estrangulamento. Um detalhe que poderia ter salvado a estudante.
Só no hospital os médicos descobriram do que se tratava. Mas já era tarde. Marta morreu por asfixia gerada por estrangulamento manual, conforme o laudo do departamento médico legal.
A conclusão da Polícia Civil vai ser analisada pela promotoria, que pode acusar ou não a adolescente. O delegado também sugeriu a internação provisória da agressora, decisão que também cabe ao Ministério Público e à Justiça.
O delegado precisou ouvir 12 adolescentes, além de representantes da escola e da equipe médica que atendeu a garota para concluir as investigações. A participação de outras estudantes foi descartada, já que não ficou comprovada a participação delas na briga.
Vítima de bullying, Marta se envolveu numa troca de agressões com a garota e teve um músculo do pescoço rompido.
R7