A obrigação do isolamento social para combater a disseminação do novo coronavírus paralisou muitos negócios pelo país. Segundo um levantamento de uma empresa de tecnologia para a área de Recursos Humanos, 50% dos estabelecimentos que não registram o trabalho de funcionários desde o início da quarentena são micro e pequenas empresas.
A pesquisa feita pela Pontomais mostra que cerca de 35% das pessoas estão sem efetuar seus trabalhos regularmente desde o começo da quarentena. Esse número é o resultado de uma pesquisa feita na base de dados da empresa, que possui o registro de ponto digital para mais 300 mil colaboradores em 10 mil negócios em todo o país.
A base de dados também revelou que mais de 10% das empresas estão sem atividade de funcionários no momento, sendo que 50% delas se enquadram no perfil de micro e pequenas empresas, ou seja, possuem até 10 funcionários.
Dentro dos setores mais afetados estão as clínicas de estéticas e saúde, que aparecem em primeiro lugar, representando 16% da base sem atividade. Já o segmento de Alimentos e Bebidas (bares e restaurantes) está em segundo lugar com 13% dos estabelecimentos que não registraram atividade de trabalhadores.
As lojas de roupas e acessórios integram os 10% das empresas paradas no Brasil, seguida do varejo de móveis, equipamentos e peças, que segue em queda representando 9% dos estabelecimentos que não estão registrando ponto.
“É importante ressaltar que esses dados mostram empresas que não apresentaram atividade de registro de ponto e acompanhamento de jornada nesse período de quarentena. Porém nos dá um parâmetro real e comprovado de como os setores estão se comportando e quais são os mais afetados”, explica Gabriel Colombo, diretor de aquisição da Pontomais.
Colombo afirma que muitas destas empresas estão inovando na maneira de atender, utilizando meios digitais de vendas e delivery. No entanto, as empresas estão operando sem a força de trabalho completa.
Os quatro setores que juntos chegam a pouco mais de 1% das empresas sem atividade de registro de ponto nesse período são os enquadrados como essenciais: supermercados (0,26%), o agronegócio (0,26%), o segmento de energia e combustíveis (0,13%).
Um dos setores que chama a atenção é o mercado pet, que em meio à crise segue com suas equipes de funcionários trabalhando praticamente de forma estável, representando apenas 0,39% das empresas que estão sem registro nesse momento.
O segmento de hotéis e turismo faz parte de 1% das empresas paradas no país. O setor de diversão, recreação e eventos chegam a apenas 3%.
“Podemos observar que mesmo tendo apresentada baixa queda no registro de ponto de seus funcionários, não quer dizer que não aderiram à quarentena e sim que estão com staff reduzido ou operando em funções administrativas home office ou de manutenção”, analisa Gabriel Colombo.
O diretor afirma que existem recursos tecnológicos que permitem que gestores acompanhem a jornada de trabalho de seus colaboradores de casa, tendo informação e dados para comparar a produtividade da equipe frente à esses novos desafios.
R7