“A pele do futuro sou eu, é a minha geração”, diz Gal Costa, citando o título de seu mais recente álbum, cujo show ganha, nesta sexta (13), registro em filme e áudio, “A Pele do Futuro ao Vivo”. “Tem muitos jovens nos meus shows, e eu acho isso impressionante. Creio que minha geração está muito presente na juventude.”
O movimento do qual Gal é ícone, a tropicália, segue reverberando entre as novas gerações, mas “A Pele do Futuro” é, na verdade, um disco que ecoa o passado. Lançado no fim de 2018, o álbum flerta com a disco music, o soul e timbres que remetem aos anos 1970. “Sempre tive muita vontade de fazer disco music, e nunca tinha feito”, Gal confessa. “Consegui duas músicas assim neste disco. Uma delas, ‘Sublime’, era um samba que virou disco.”
A outra, “Cuidando de Longe”, é uma parceria com Marília Mendonça. A sertaneja assina a composição da faixa e também divide os microfones com Gal na versão de estúdio. “Ela tem uma coisa popular, um jeito de compor como o povo fala”, explica Gal. “E ela tem uma coisa no jeito de cantar que acho especial, diferente da maioria dos sertanejos.”
A cantora lembra que Marília estava ansiosa para conhecê-la. “Ela chegou toda tímida, com flores, orquídeas lindas, foi uma delícia.”
Em parte pelo apelo de Marília, uma das artistas mais ouvidas do país atualmente, “Cuidando de Longe” é a música mais bem-sucedida de “A Pele do Futuro”. Mas Gal não é exatamente uma admiradora da música sertaneja. “Todos os sertanejos cantam igual, né?”, provoca. “Meu feminejo é só Marília Mendonça. Tira o resto.”
“Cuidando de Longe” é uma das 24 músicas do novo disco ao vivo de Gal, junto a clássicos como “Que Pena” e “Vaca Profana”, entre outros. Ela mostra o show de “A Pele do Futuro” em São Paulo, no Tom Brasil, também nesta sexta (13).
Varela Notícias