O México irá impor tarifas sobre as importações de produtos siderúrgicos e agrícolas dos Estados Unidos – incluindo carne suína, queijo, maçãs e batatas. O decreto assinado pelo presidente mexicano Enrique Peña Nieto foi publicado hoje (5) no Diário Oficialdo país. A medida é uma retaliação à decisão da administração do presidente norte-americano Donald Trump de impor tarifas sobre derivados de aço e alumínio exportados pelos EUA do México, do Canadá e da União Europeia.
O governo mexicano decidiu impor taxas entre 15% e 20% a uma lista de produtos agrícolas e siderúrgicos produzidos pelos Estados Unidos. O decreto foi publicado um dia depois de o Ministério da Economia do México ter iniciado um processo contra os Estados Unidos na Organização Mundial do Comércio (OMC).
O Canadá e a União Europeia acompanharam o México no protesto junto à OMC e também estão buscando tarifas e ações contra os EUA perante o organismo. No Twitter, o primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, chamou as novas tarifas impostas pelos Estados Unidos sobre o alumínio e aço canadenses de “inaceitáveis”. Do mesmo modo a União Europeia as classificou de “ilegais”.
Histórico
Em janeiro deste ano, o Departamento de Comércio norte-americano divulgou dois relatórios em que recomendava ao governo dos Estados Unidos rever suas políticas de importação de aço e de alumínio por questões de segurança nacional.
A justificativa foi que “mais fechamentos da capacidade de produção doméstica iriam resultar em uma situação em que os Estados Unidos ficariam incapazes de responder à demanda para defesa nacional e infraestrutura crítica em caso de emergência nacional”.
A decisão do governo norte-americano foi impor tarifas de 25% sobre o aço e de 10% sobre o alumínio importados pelos Estados Unidos.
Em março, Trump entrou em negociações e suspendeu temporariamente a aplicação das tarifas sobre os dois itens para uma lista de nações que incluía os países da União Europeia, além de Canadá, México, Coreia do Sul, Austrália e Brasil.
Em 31 de maio, Trump anunciou que iria impor as tarifas de importação para Canadá, México e os países da União Europeia. Brasil, Argentina e Austrália continuam isentos das tarifas de aço, mas o Brasil não aparece na lista dos países que permanecem isentos da de alumínio.
Agência Brasil