Um menino de 11 anos foi agredido por um vizinho em um condomínio em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte. O homem, que é soldado do Corpo de Bombeiros, foi tirar satisfação com a criança por causa de uma briga com o filho dele de seis anos. A confusão foi gravada pelas câmeras de segurança.
As imagens do estacionamento mostram o militar se aproximando da criança com o filho. Eles conversam por um tempo e depois o menino começa a agredir com socos, tapas e chutes o outro garoto. O pai, Edgar Matias Fernandes Pedroza, de 33 anos, assiste a briga e parece incentivar o filho. A confusão continua até que o soldado joga violentamente a vítima no chão e começa a chutá-la.
Em seguida, Pedroza agride o garoto com um tapa no rosto e o levanta. As gravações ainda mostram que ao terminar os golpes, o militar arrasta o menino pelo braço para um outro lugar, mas um vizinho se aproxima e intercede. Logo depois, a criança é solta e vai embora.
Segunda a vítima, o motivo da briga foi uma bolada durante uma brincadeira.
— A gente estava jogando bola, pedimos licença e ele não quis dar. A bola acertou nele, ele ficou bravo e contou para o pai.
Quando o pai da criança agredida, Wagner Oliveira Ramos, chegou em casa e ficou sabendo da confusão, ficou revoltado.
— A vontade que dá é de partir pra cima e resolver brutalmente.
Porém, em vez de fazer justiça com as próprias mãos, Ramos acionou a Polícia Militar, registrou um boletim de ocorrência e foi até na corregedoria do Corpo de bombeiros. Ele queria dar um exemplo diferente do que o militar deu ao filho.
— Eu tento colocar aqui dentro de casa que nada resolve desse jeito. Vira uma bola de neve e acaba acontecendo algo pior.
Em depoimento à polícia, o soldado dos Bombeiros disse que chegava em casa do trabalho quando viu o filho brigando com outra criança e apenas separou a agressão. Na delegacia, ele negou que a tenha agredido.
— Ele falou que estava arrependido e pediu desculpas. Eu aceitei, mas disse que o processo ia correr. Eu acho que não pode ficar impune.