O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento anunciou, nesta quinta-feira (06), que vai cancelar três registros de frigoríficos por irregularidades. Eles foram alvos de fiscalização da pasta, que fez análise laboratorial nos produtos.
Segundo o secretário executivo do ministério, Eumar Novacki, os cancelamentos estão entre os 21 frigoríficos sob suspeita e investigados pela Operação Carne Fraca. Essas avaliações fazem parte de uma apuração realizada pelo ministério, que tornou os processos de auditoria e fiscalização ainda mais rigorosos.
“Outros frigoríficos também poderão ter o registro cassado, na medida em que nossas auditorias avancem. Todos os que erraram terão de pagar pelo erro. Não importa se são grandes ou pequenas empresas”, afirmou Novacki.
Ele informou, ainda, que a força-tarefa do ministério recolheu 302 amostras de produtos, de forma preventiva. Desse total, 31 ou 10,2% delas apresentaram problemas de ordem econômica, como excesso de amido em salsicha ou adição de água além do permitido em frango. Apenas oito amostras ofereciam algum risco à saúde.
Registros cancelados
Com essas constatações, o ministério decidiu cancelar o registro SIF, do Serviço de Inspeção Federal, dos frigoríficos Peccin (SIFs 825 e 2155) e do Central de Carnes (SIF 3796). O ministério explicou que, por orientação do ministro Blairo Maggi e pelo fato de a força-tarefa haver encerrado os trabalhos antes das três semanas previstas, o calendário de auditorias será antecipado.
“Queremos que essas auditorias nos revelem a situação real de como estão funcionando os serviços de inspeção em cada estado. Todos os resultados serão divulgados e compartilhados com a Polícia Federal e o Ministério Público Federal”, observou Novacki.