O Ministério da Saúde quer zerar em um ano a fila de espera por cirurgias cardíacas para bebês de até um ano de idade que tenham cardiopatia congênita. De acordo com o ministro da pasta, Ricardo Barros, o orçamento para esse tipo de procedimento aumentará de R$ 52,2 milhões para R$ 91,5 milhões, o que representa um crescimento de 75,2% e inclui também crianças e adolescentes. O anúncio ocorreu durante o lançamento do Plano Nacional de Assistência à Criança com Cardiopatia Congênita, realizado nesta terça-feira, 11, no Instituto do Coração (Incor), do Hospital de Clínicas de São Paulo.
Com o incremento, a meta é aumentar em mais de 30% o número de cirurgias, indo de 9,2 mil para 12,6 mil por ano, o que inclui, além de recém-nascidos, crianças e adolescentes. O novo plano de assistência inclui, ainda, o reajuste dos valores das cirurgias de cardiopatia congênita na tabela SUS. Segundo Barros, a ampliação dos recursos provêm de uma economia de R$ 3,5 bilhões na compra de medicamentos, que teriam sido renegociados com fornecedores. “Temos muitas outras (especialidades) para atender ainda, muitos procedimentos para rever o financiamento no SUS, como fizemos com esse, e faremos a partir da economia que geramos com austeridade”, afirmou o ministro.
De acordo com o Ministério da Saúde, 28,9 mil crianças nascem anualmente com cardiopatia congênita, um tipo de má formação que, em 40% dos casos, requer um procedimento cirúrgico no primeiro ano de vida. Ela é considerada a terceira maior causa de morte para bebês de até 30 dias de vida.