Os ministérios da Defesa e do Meio Ambiente estudam propor a criação de uma nova categoria de unidade de conservação que englobe algumas das áreas terrestres e marítimas sob os cuidados das Forças Armadas. Segundo o ministro da Defesa, Raul Jungmann, ainda não está certo se essas novas áreas de proteção da flora e da fauna seriam de proteção integral ou de uso sustentável, cujas regras de exploração são mais flexíveis que no primeiro caso.
De acordo com o ministro, uma única área patrulhada por militares, a Serra do Cachimbo, no Pará, tem cerca de 2,2 milhões de hectares (cada hectare corresponde a, aproximadamente, um campo de futebol oficial).
“As Forças Armadas já protegem amplas áreas terrestres e marítimas. Por isso estamos propondo a criação de uma nova categoria de área de proteção ambiental, a Área Militar Especialmente Protegida. Isso significaria duas vantagens: uma maior segurança jurídica para a manutenção das áreas que já protegemos e a ampliação do patrimônio ambiental protegido nacional”, disse Jungmann durante a cerimônia de lançamento do livro Defesa & Meio Ambiente – Preparo com Sustentabilidade, que registra as ações de proteção ambiental adotadas pela Marinha, Exército e Aeronáutica.
Atualmente, as unidades de proteção integral dividem-se em cinco categorias: Estação Ecológica; Reserva Biológica; Parque Nacional; Monumento Natural e Refúgio de Vida Silvestre. Já as unidades de uso sustentável são classificadas em uma de sete categorias: Área de Proteção Ambiental; Área de Relevante Interesse Ecológico; Floresta Nacional; Reserva Extrativista; Reserva de Fauna; Reserva de Desenvolvimento Sustentável e Reserva Particular do Patrimônio Natural.