O ministro da Justiça do Japão, Katsuyuki Kawai, renunciou. Ele é o segundo ministro do Gabinete a renunciar em menos de uma semana.
Uma revista semanal alega que a esposa de Kawai violou a lei eleitoral durante sua candidatura bem sucedida para uma vaga na Câmara Alta do Parlamento. A revista diz que Anri Kawai fez pagamentos a funcionários da campanha que excederam o limite legal.
A reportagem menciona ainda irregularidades no gabinete do próprio ministro, alegando que seus funcionários enviaram batatas, milho e outros presentes a seus eleitores.
Kawai apresentou sua carta de renúncia ao premiê Shinzo Abe na quinta-feira (31) de manhã. Ele disse a repórteres que assume a responsabilidade pelas dúvidas que surgiram e que podem abalar a confiança da população.
Kawai também afirmou que ele e sua esposa não estavam cientes das alegações antes da reportagem ter sido publicada, e que ambos acreditam que conduziram suas campanhas e atividades políticas de acordo com a lei.
A renúncia do ministro da Justiça ocorre após o novo ministro da Indústria ter renunciado na sexta-feira devido a suspeitas de doações e ofertas de presentes ilegais a seus eleitores.
O premiê Abe disse que está avaliando com seriedade as fortes críticas decorrentes das renúncias consecutivas.
Masako Mori, parlamentar na Câmara Alta pelo Partido Liberal Democrático, vai substituir Kawai. Ela já havia ocupado o cargo de ministra encarregada de medidas para lidar com o declínio da taxa de natalidade.
Agência Brasil