O ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, fará amanhã a primeira visita a São Paulo, epicentro da Covid-19 no Brasil, desde o início da epidemia, há dois meses. A viagem tornou-se possível após o distensionamento das relações com o governador de São Paulo, João Dória, que chegou a agradecer publicamente o ministro por “atender aos pedidos do estado”, com a remessa de respiradores e a habilitação de leitos de UTI. Em março, encontro entre Dória e o ex-ministro Henrique Mandetta, demitido em abril, irritou o presidente Bolsonaro.
Pazuello segue um roteiro de visitas aos locais mais afetados pela epidemia de Covid-19 iniciado pelo antecessor, Nelson Teich. O militar já esteve em Manaus, passou a terça-feira em Belém, prossegue para São Paulo e depois irá ao Rio de Janeiro. É a primeira viagem do ministro a um estado governado por um adversário declarado do presidente Bolsonaro.
O general foi classificado pelo governador como “atencioso e amável”, por ter, segundo o tucano, “compreendido a dimensão da crise” e a “necessidade de apoio ao governo de São Paulo”. O Ministério da Saúde prometeu a entrega esta semana de mais 300 respiradores ao estado, totalizando 600 aparelhos, essenciais ao tratamento de pacientes no estágio grave da Covid-19. O ministro também garantiu a habilitação de 1800 leitos de UTIs para o estado.
R7