No último dia 25 de abril, Rodrigo Minotauro Nogueira, ex-campeão mundial do UFC e atualmente embaixador da marca no país, esteve presente no Sports Summit São Paulo, evento dedicado a profissionais do esporte.
Após o painel do qual participou, intitulado UFC 30 anos: Artes Marciais como Negócio, Minotauro concedeu uma entrevista, e defendeu o papel do jiu jitsu, e de outras lutas, como ferramenta educacional.
“A arte marcial tem um poder educacional. A criança fica mais educada, ela respeita o tatame, ela respeita a hierarquia das faixas” – e completa “O poder de transformação da arte marcial é muito interessante”.
Minotauro revelou que ele mesmo era uma criança agitada, e isso fez com que começasse a treinar lutas logo aos 4 anos, levado por sua mãe, que também era dona de uma academia. E, sobre mães, Minotauro tem uma opinião firme: “Por que o Brasil é o segundo maior país do mundo em número de atletas? Porque a mãe brasileira tem a cultura de colocar o filho no karatê e no judô. ‘Meu filho está muito agitado, então coloco ele no kung fu, no jiu jitsu’”.
Para Minotauro, as mães sabem o que fazem. E a experiência internacional comprovaria isso. “Hoje em dia, nos Emirados Árabes, (o jiu jitsu) é matéria educacional. Isso vem acontecendo nos últimos dez anos. (…) Eles viram que (com o jiu jitsu) as crianças estavam ficando mais educadas, mais perseverantes, mais determinadas”.
E a experiência árabe já está sendo trazida para o Brasil, de acordo com Minotauro. “Já implantamos em oito escolas: Maceió, Várzea Grande, Ribeirão das Neves, Vitória da Conquista, Itaquaquecetuba… Estamos começando o projeto, com 850 crianças treinando jiu jitsu nas escolas”.
Um dos primeiros ídolos do MMA no Brasil, Minotauro confessou que admira Alex Poatan e Israel Adesanya entre os atletas de MMA em atividade, dos quais 600 são brasileiros. E esse número deve crescer nos próximos anos – graças ao crescente interesse dos fãs, que já chagam a 50 milhões no país. Mas também pelo trabalho de base das mamães brazucas.