Tudo o que eles querem é que 2015 fique no passado. Moradores de áreas que já sofreram com epidemia de dengue estão se preparando para o período quente. Eles tomam precauções para evitar contrair a doença e também cobram rigor na fiscalização dos criadouros.
Morador da Brasilândia, área da zona norte de São Paulo com recorde de casos de dengue em 2015, Henrique Deloste, de 49 anos, diz estar preocupado com o surgimento de focos da doença. “Em casa, nunca tive problema porque não é difícil seguir as orientações. Mas a preocupação é um córrego e a prevenção que não foi intensificada.”
A Prefeitura de São Paulo diz que o trabalho de prevenção é contínuo. Dados de outubro apontam que houve 15.917 casos confirmados de dengue, ante 100.279 no mesmo período de 2015. A redução é de 84%.
Segundo o coordenador das Ações de Controle do Aedes Aegypti, Alessandro Giangola, agentes de saúde visitam 2,5 mil imóveis estratégicos – como borracharias e desmanches de carro – a cada 15 dias. Também fazem vistoria uma vez por mês em 3,5 mil locais de grande circulação, como igrejas e escolas. Ao detectar focos, é aplicado larvicida. “O mais importante é eliminar o criadouro para não ter mosquito adulto”, diz.
No interior, o representante comercial Abílio Rosa Neto, de 37 anos, tenta evitar o drama de fevereiro de 2015, quando ele, a mulher e a filha contraíram dengue em Sorocaba. “Foram duas semanas quase o tempo todo na cama. Não gosto nem de lembrar.” Segundo Rosa Neto, quase todas as casas da rua dele tiveram casos. Com a chegada do verão, o casal já começou a fazer estoque de repelentes. “Estamos usando todo dia. Aqui em casa, mosquito não tem a menor condição de criar.” As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
uol