Moradores do bairro de Itapuã, em Salvador, voltaram a protestar contra a construção de uma estação elevatória de esgoto, nas margens da Lagoa do Abaeté, nesta sexta-feira (7). Eles pedem a paralisação total das obras.
Um dos manifestantes chama atenção para o fato de que a estação elevatória está em uma área de preservação ambiental (APA). A obra é feita pela Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia (Conder) e faz parte de um plano de requalificação da região.
“Uma prova de que a lagoa está viva. Estão atribuindo o aumento do volume de água à pandemia, porque os hotéis da região, que utilizam esse lençol freático estão parados. A lagoa voltou a respirar, voltou a encher de água, como há muito tempo a gente não via a lagoa tão cheia assim. Ela está mostrando que ela está viva, que precisa respirar. A gente luta por esse espaço aqui, porque é uma área de proteção ambiental e não pode ser feitas construções como essa. Está na lei que não pode. Tem uma série de irregularidades, a população está aqui, está em pé e a gente não vai permitir que essa obra continue”, disse um dos manifestantes.
O grupo carregou cartazes e também chamou atenção para o fato da Lagoa do Abaeté ser patrimônio cultural da Bahia. Os protestos para barrar a construção acontecem desde o mês de maio.
Após um dos protestos recentes, a Conder informou que está disponível ao diálogo com a população e que tem compromisso sustentável com a Lagoa do Abaeté, por se tratar de uma APA. O órgão disse ainda que, junto ao Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema), promove adequação do local para a construção da estação elevatória.
Também na época, a Conder disse ainda que essa estação funcionará priorizando questões de segurança, feita a partir de estudos técnicos. Ainda segundo a Conder, a construção foi autorizada pelo Inema que “jamais autorizaria uma obra que não fosse trazer benefícios ao meio ambiente”.
G1