“Diante da recusa, o interrogatório será presencial”, decretou Moro em despacho publicado nesta sexta-feira (28). A oitiva está marcada para acontecer no próximo dia 13 de setembro.
Ao confirmar o depoimento de maneira presencial, Moro destaca que a oitiva será gravada da mesma forma que interrogatório anterior, com a utilização de duas câmeras: uma com o plano fechado no ex-presidente e outra com vista para toda a sala de interrogatório.
Inicialmente, Moro deu ao ex-presidente a possibilidade de ser interrogado por videoconferência. Na ocasião, o magistrado alegou “gastos indesejáveis de recursos públicos com medidas de segurança”.
Os advogados de Lula, no entanto, não concordaram com a realização do interrogatório à distância e afirmaram que “o depoimento deve ser realizado presencialmente, tal como havia sido definido pelo juízo”.
Na ação em questão, o petista é acusado pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro em razão de contratos firmados entre a Petrobras e a Odebrecht. A acusação aponta que parte das propinas pagas pela Odebrecht foi lavada mediante a aquisição, em benefício do ex-presidente, do imóvel localizado na Rua Dr. Haberbeck Brandão, nº 178, em São Paulo (SP), em setembro de 2010, que seria usado para a instalação do Instituto Lula.
No despacho desta sexta-feira, Moro também homologou a desistência da oitiva das testemunhas Marcos Leal Raposo Lopes e Paulo Cesar de Oliveira Campos.
R7