Faleceu nesta quarta-feira (11), no Rio de Janeiro, André Richer, ex-presidente do Flamengo e do COB (Comitê Olímpico do Brasil), vítima de falência múltipla de órgãos por conta de um AVC.
A entidade confirmou o falecimento do dirigente por meio de nota oficial publicada em seu site.
Richer foi mandatário do COB entre outubro de 1990 e junho de 1995, quando se tornou vice de Carlos Arthur Nuzman até 2016.
A entidade manifestou luto oficial de três dias e hasteará sua bandeira a meio-mastro durante o período.
Nascido em Rio Branco-MG, Richer foi atleta do remo, esporte pelo qual conquistou, com as cores do Flamengo, os títulos carioca, brasileiro e sul-americano. Pelo Brasil, disputou os Jogos Olímpicos de Melbourne, em 1956, e os Jogos Pan-Americanos de Chicago, em 1959.
Encerrada sua carreira como atleta, André também foi presidente do Flamengo entre 1969 e 1973, e, em 1975, se tornou diretor da Confederação Brasileira de Futebol, cargo que ocupou até 1986.
No COB, além de ter sido presidente, o ex-atleta ocupou cargos como os de diretor jurídico, diretor técnico e Chefe de Missão de três Jogos Olímpicos: 1980, 1984 e 1988.
Mandado de prisão e problemas de saúde
No início de outubro passado, junto do então presidente do COB, Carlos Arthur Nuzman, Richer foi investigado na Operação Unfair Play.
Sob acusação de compra de votos para eleger o Rio de Janeiro como sede dos Jogos de 2016, Nuzman foi preso.
Na segunda etapa da operação, Richer teve decretado seu mandado de busca e apreensão. Após estar ciente da operação, ele passou mal e foi levado à UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do Hospital Samaritano, no Rio.
A defesa do ex-mandatário informou a Marcelo Bretas, juiz federal da 7ª Vara Federal, do Rio de Janeiro, que Richer estava internado desde o início de setembro, e sofria de “psicose aguda” e estava “totalmente desorientado”.
Em sua casa, durante apreensão da Polícia Federal, foram encontrados R$ 95 mil em espécie, além de dez relógios de luxo, sete armas e munições.
R7