O jornalista Jorge Bastos Moreno, colunista do jornal O Globo, morreu na madrugada desta quarta-feira (14), por volta da 1h, no Rio de Janeiro, aos 63 anos. Consagrado repórter político da imprensa nacional, com mais de 40 anos de carreira, Moreno morreu de edema agudo do pulmão, em decorrência de complicações cardiovasculares. O jornalista trabalhou em O Globo por cerca de 35 anos e chegou a dirigir a sucursal de Brasília. Seu primeiro grande furo de reportagem foi no Jornal de Brasília, quando informou que João Figueiredo seria nomeado sucessor do general Ernesto Geisel, durante o regime militar. Entre outros furos que noticiou que se destacam em sua carreira, está a revelação de que um Fiat Elba que era de propriedade do então presidente Fernando Collor, foi comprado por um “fantasma”, José Carlos Bonfim. A informação, que veio à tona durante o impeachment do presidente Fernando Collor, em 1992, ainda não era de conhecimento do relator da CPI do PC, o deputado Benito Gama, que apurava uma prova que ligasse o presidente aos cheques de “fantasmas” oriundos do esquema PC, ou do presidente do colegiado, Almir Lando. Atualmente, comandava o Blog do Moreno, o talk show “Moreno no Rádio”, na rádio CBN, às sextas-feiras à tarde, e também era o âncora do programa “Preto no Branco”, do Canal Brasil, além de participações frequentes na GloboNews. Em março, ele lançou o livro “Ascensão e queda de Dilma Rousseff”, que se baseia em mensagens de Twitter que remontam a meados de 2010, quando se movimentava em torno da candidatura à Presidência da República até agosto de 2016, quando ela teve seu mandato cassado no Senado.