A cozinheira Alaíde do Feijão morreu nesta segunda-feira (31). De acordo com a informação divulgada por familiares de Alaíde, ela estava internada para tratatar pela segunda vez a Covid-19. A informação foi divulgado pelo colunista Marrom e posteriormente confirmada pelo Coletivo de Entidades Negras (CEN). A cozinheira morreu após uma parada cardiorespiratória.
“Alaíde era uma mulher de grande força, representatividade, e legítima matriarca, como tantas mulheres negras chefes de família da Bahia e do Brasil. Começou a vender feijão ainda jovem, em tabuleiro na frente do Elevador Lacerda, até se mudar para um imóvel no Pelourinho, localidade onde permaneceu até os últimos dias. Atuante no movimento negro, tinha um carinho especial com todos que recebia, entre eles políticos e ativistas relevantes, tratando cada um como filho. Era filha de Omolu, o Orixá das doenças e da cura, grande Rei da Terra, e sempre fazia questão de reverenciar as insígnias do seu santo no ambiente do restaurante”, publicou o CEN.
Em 2021 Alaíde contraiu a Covid-19 pela primeira vez. Em março do mesmo ano ela foi considerada curada pela doença. Com 73 anos, Alaíde conquistou baianos e turistas pelo sabor do seu feijão e seu jeito carinhoso de receber. Dona do restaurante ‘Bancada do Feijão’, no Pelourinho, Alaíde transformou o lugar não apenas em um restaurante, mas em um ponto de debates e discussões dentro do âmbito dos movimentos sociais e culturais.
Bahia Notícias