Winnie Madikizela Mandela, ex-mulher do ex-presidente da África do Sul, Nelson Mandela, e um dos pilares da luta contra o apartheid [política racial implantada na África do Sul], morreu nesta segunda-feira (2) aos 81 anos, como relatado por sua assistente pessoal, Zodwa Zwane, ao jornal local Times. Madikizela Mandela permaneceu ativa na clandestinidade durante os 27 anos em que seu então marido Nelson Mandela esteve preso.
Em 1994, após as primeiras eleições democráticas, foi nomeada vice-ministra de Artes e Cultura. Desde então, ela foi deputada, apesar das poucas aparições públicas nos últimos anos. A renomada ativista, nascida em Bizana em 1936-2018, sofreu uma infecção nos rins e chegou a ser hospitalizada em 20 de janeiro. “É com grande tristeza que informamos ao público que Winnie Madikizela Mandela morreu no Hospital Milkpark, em Joanesburgo, na segunda-feira, 2 de abril”, disse o porta-voz Victor Dlamini em um comunicado.
“Ela sucumbiu pacificamente nas primeiras horas da tarde de segunda-feira, cercada por sua família e entes queridos”, acrescenta a nota. A família em breve detalhará os detalhes do funeral e os atos de recordação. Aclamada como a “mãe da nova África do Sul”, Madikizela Mandela foi torturada e passou dificuldades, como perder o emprego com o qual mantinha suas duas filhas jovens, ser desalojada, e ficar em prisão domiciliar mesmo sem julgamento.
Winnie e Nelson Mandela se conheceram em 1957 e se casaram em 1958. Eles se separaram em 1992, dois anos após a saída de Madiba (apelido de Mandela) da prisão, após 27 anos de cárcere e dois anos antes de se tornar o primeiro presidente negro da África do Sul. O divórcio foi efetivado em 1996.