Oito espetáculos que concorrem à mais tradicional premiação das artes cênicas baianas integram a Mostra Prêmio Braskem de Teatro, que acontece de 16 de março a 2 de abril em Salvador
De 16 de março a 02 de abril, sete teatros e espaços culturais de Salvador serão ocupados pela programação da terceira edição da Mostra Prêmio Braskem de Teatro, que trará de volta oito espetáculos concorrentes em 2016 da mais tradicional premiação das artes cênicas baianas. Fazem parte da Mostra Prêmio Braskem de Teatro as peças: Laudamuco – Senhor de Nenhures, Mágico Mar, Malva-rosa e Rebola, além dos espetáculos infantojuvenis Avesso, O Cordel de Maria Cin-drag-rela, Inventa Desinventa e Pindorama antes de chamar Brasil. Os ingressos custam R$ 20 (inteira) a R$ 10 (meia entrada) e podem ser adquiridos pelo Compre Ingresso (www.compreingressos.com) ou nas bilheterias dos teatros e espaços culturais. Cada espetáculo será encenado quatro vezes cada.
“A realização da Mostra Prêmio Braskem de Teatro oportuniza que milhares de pessoas possam assistir os espetáculos concorrentes a preços populares, além de valorizar o trabalho de atores e técnicos da cena teatral baiana”, ressalta Helio Tourinho, gerente de Relações Institucionais da Braskem na Bahia. Os vencedores do Prêmio Braskem de Teatro serão conhecidos durante cerimônia, que será realizada no mês de abril, no palco principal do Teatro Castro Alves, em Salvador. A mostra é organizada pela Caderno 2 Produções e patrocinada pela Braskem e Governo do Estado, através do FazCultura.
Confira programação completa da 3ª Mostra Prêmio Braskem de Teatro
Espetáculo: Pindorama antes de chamar Brasil
Local: Espaço Casa Preta (Rua Areal de Cima, 40, Dois de Julho)
Data: 16 a 19/03 (De quinta a domingo)
Horários: 18h
Classificação: livre
Concorre ao Prêmio Braskem de Teatro na categoria: Espetáculo Infantojuvenil
Sinopse: Uma reflexão acerca da construção de uma relação harmoniosa entre o ser humano e a natureza. O espetáculo discute a formação da identidade do povo brasileiro com base na matriz cultural dos povos indígenas, utilizando lendas e contos que compõem o imaginário mítico dos povos desta terra. Através das ferramentas de teatro de bonecos e formas animadas, o Aldeia Coletivo Cênico reconta as lendas das Cataratas do Iguaçu, da Mandioca, do Curupira, do Cacau, da Pipoca e o Mito do Vazio no Homem.
Espetáculo: Laudamuco – Senhor de Nenhures
Local: Teatro Martim Gonçalves (Escola de Teatro da UFBA – Rua Araújo Pinho, 292, Canela)
Datas: 16 a 19/03 (De quinta a domingo)
Horário: 20h
Classificação: 14 anos
Concorre ao Prêmio Braskem de Teatro nas categorias: Espetáculo Adulto, Ator e Revelação
Sinopse: O último dia de vida de um rei prestes a ser assassinado pelo próprio povo é narrado na peça “Laudamuco – Senhor de Nenhures”, escrita em 1976 por Roberto Vidal Bolaño, um dos mais reconhecidos dramaturgos contemporâneos da Galícia. Na obra, o rei tem ao seu lado o último e fiel servo, que tenta a todo custo dissimular a decadência do reinado e entretê-lo com a ilusão de que ainda é poderoso. A esposa do servidor, terceira personagem da trama, faz um contraponto ao tentar chamá-lo à lucidez, e por vezes representa o povo, trazendo notícias da revolução popular que se aproxima. Em cena, relações de poder e submissão, autoritarismo, passividade e revolta evidenciam a atualidade da obra, dando ao público a tarefa de fazer as associações possíveis com a experiência vivida.
Espetáculo: Inventa Desinventa
Local: Teatro Jorge Amado (Av. Manoel Dias da Silva, 2177, Pituba)
Data: 18 e 19, 25 e 26/03 (Sábados e domingos)
Horário: 16h
Classificação: livre
Concorre ao Prêmio Braskem de Teatro na categoria: Espetáculo Infantojuvenil
Sinopse: O texto conta a história de um menino, Teodoro, que acorda com muito medo no meio da noite. O receio do desconhecido o impede de levantar da cama para beber água, então seu melhor amigo lhe apresenta uma fórmula mágica: Inventa Desinventa. O que o amigo lhe revelou, foi que tudo o que a imaginação de Teodoro criava sobre o desconhecido (medo de monstros, mula sem cabeça, lobisomem, saci e outros medos) era próprio de sua cabeça. Logo, por ser obra de suas invenções e imaginação, ele teria agora o poder de desinventar. Munido desta fórmula, a autora propõe ao protagonista um mergulho nos medos comuns do universo infanto-juvenil (de bicho papão a ladrões atrapalhados de uma roça) e desconstrói ludicamente esses temores.
Espetáculo: O Cordel de Maria Cin-drag-rela
Local: Teatro Moliére (Aliança Francesa – Av. Sete de Setembro, 401, Barra)
Data: 18, 19, 25 e 26/03 (Sábados e domingos)
Horário: 16h (sábados) e 11h (domingos)
Classificação: livre
Concorre ao Prêmio Braskem de Teatro na categoria: Espetáculo Infantojuvenil
Sinopse: Levado pelo Grupo Teca Teatro, O Cordel de Maria Cin-drag-rela é uma versão ‘cordelizada’ para o clássico infantil Cinderela, popularizado por Charles Perrault, no século XVII e depois pelos Irmão Grimm, no século XIX. Neste espetáculo, o grupo Teca Teatro e o Haus of Gloom (coletivo de drag queens formado há quase dois anos) se propõem discutir questões de gênero, sob o aspecto da misoginia latente nas sociedades heteronormativas. O resultado é um espetáculo leve, divertido e musical que faz pensar por meio de críticas agridoces.
Espetáculo: Mágico Mar
Local: Teatro Gamboa Nova (Rua Gamboa de Cima, 3, Aflitos)
Datas: 22 a 25/03 (De quarta a sábado)
Horário: 20h
Classificação: livre
Concorre ao Prêmio Braskem de Teatro nas categorias: Espetáculo Adulto, Direção, Atriz, Texto e Categoria Especial
Sinopse: “Mágico Mar” é um poema sobre a solidão, nesse caso, uma solidão causada pelo consumismo da humanidade que encharca o mundo de lixo e ilha as pessoas. Uma angústia pela imobilidade e pela sensação de impotência que o lixo a nossa volta nos causa – quando os problemas tomam uma dimensão tão grande que as ações já são “quase” inúteis. Já que é quase impossível mudar. Esta é a história de Açolina, uma mulher ilhada no meio de um mar de lixo de um futuro qualquer que vive pedindo ajuda jogando garrafas de S.O.S. Um dia aparece Espiga, um catador de garrafas, um atrapalhado mágico que revela para Açolina um possível mar limpo e azul.
Espetáculo: Malva-Rosa
Local: Galpão Wilson Mello (Forte do Barbalho – Rua Marechal Gabriel Botafogo, s/n, Barbalho)
Datas: 23 a 26/03 (De quinta a domingo)
Horário: 20h
Classificação: 14 anos
Concorre ao Prêmio Braskem de Teatro nas categorias: Espetáculo Adulto e Revelação
Sinopse: Malva-Rosa conta a história de amor de um casal de lavradores do nordeste do país que foge em direção contraria ao mar, perfurando o sertão para viverem o seu amor em segurança. Após a morte do marido uma descoberta causa uma reviravolta na vida da viúva, que passa a sofrer a mais dura opressão, preconceito e sentimento de repulsa. Machucada pela perda, sem entender a dimensão de seus atos, ela acaba sendo vítima do horror e da intolerância do povo.
Espetáculo: Avesso
Local: Teatro Vila Velha (Av. Sete de Setembro, s/n, Passeio Público)
Datas: 25 e 26/03 e 01 e 02/04 (Sábados e domingos)
Horário: 16h
Classificação: livre
Concorre ao Prêmio Braskem de Teatro nas categorias: Espetáculo Infantojuvenil, Texto e Categoria Especial
Sinopse: Livremente inspirado em “Divertida Mente”, animação vencedora do Oscar em 2015, o espetáculo infantojuvenil narra a história de uma cidade que foi dominada pelo medo, e cujos moradores estão paralisados devido à tamanha força desse sentimento. No enredo, a garota Cecília – personagem que, por ter suas amígdalas calcificadas, não sofre com o impacto do medo sob a cidade – assume a difícil tarefa de derrotá-lo e salvar a todos, começando pelo seu pai e sua irmã que também foram vítimas do “vilão”. Assim, o espetáculo traz à cena reflexões acerca de temas tidos como tabus, que são apresentados ao público cercado de ludicidade.
Espetáculo: Rebola
Local: Espaço Wilson Mello (Forte do Barbalho – Rua Marechal Gabriel Botafogo, s/n, Barbalho)
Data: 30/03 a 02/04 (De quinta a domingo)
Horário: 20h
Classificação: 14 anos
Concorre ao Prêmio Braskem de Teatro nas categorias: Espetáculo Adulto, Direção e Texto
Sinopse: Lobo, dono do teatro-bar Xampoo, decide fechar seu estabelecimento diante da atual situação dos espaços gueis da cidade. Uma trupe de jovens atores transformistas decide ‘rebolar’ para salvar o espaço e constrói uma noite trash-cômica-dançante entre números, churrias, entrevistas e intrigas para provar a Lobo, cansado e desacreditado, que Xampoo não poderá ficar fechada. A peça teatral discute a necessidade de espaços onde a comunidade LGBTQI se encontre para se divertir, se articular e, principalmente, existir. Problematizando a questão da invenção do gueto, Rebola é uma homenagem à criação e resistência de espaços de articulação para a comunidade LGBTQI ganhar o mundo afora.