O Ministério Público Federal (MPF) vai investigar os recibos de aluguel apresentados pela defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, referentes ao aluguel da cobertura vizinha a dele. Segundo informações do jornal O Globo, a força-tarefa da Operação Lava Jato protocolou na noite desta quinta-feira (6) o procedimento chamado “incidente de falsidade”, destinado a atestar a autenticidade dos documentos. Dono do apartamento, o empresário Glauco da Costamarques afirmou ter assinado de uma só vez todos os recibos de aluguel correspondentes ao ano de 2015. Ele afirma que não recebeu os pagamentos de aluguel entre fevereiro de 2011 e novembro de 2015 teria recebido a visita do advogado Roberto Teixeira, que é compadre de Lula – o defensor disse que os aluguéis passariam a ser pagos. Na sequência, ele teria sido procurado pelo contador João Leite, que levou os recibos para assinatura. O questionamento do MPF tem relação com duas incorreções em datas que aparecem nos documentos: 31 de junho de 2014 e 31 de novembro de 2015. Há também erros de digitação, como a grafia do nome da cidade, que foi escrito como “São Bernanrdo”. A defesa de Lula afirma que “a perícia nos recibos irá demonstrar que eles são idôneos e que foram assinados pelo proprietário do imóvel, dando quitação dos aluguéis à D. Marisa, que contratou a locação”. Os advogados defendem que “o questionamento do MPF é uma tática ilusionista de quem não conseguiu provar que valores provenientes de contratos da Petrobras beneficiaram o ex-presidente Lula”.
Bahia Notícias