A pandemia trouxe inúmeras mudanças de hábitos nos mais diversos segmentos e na área da saúde não foi diferente. Protocolos médicos e odontológicos, por exemplo, estão bem mais rigorosos. Uso de luvas, máscaras e óculos de proteção, escudos faciais (face shields) e jalecos descartáveis passaram a ser itens obrigatórios na rotina de dentistas e pacientes, de forma que o isolamento no momento da consulta ou tratamento esteja garantido.
“Novos protocolos também foram acrescentados na nossa rotina, como a aferição da temperatura dos pacientes com termômetro infravermelho antes do atendimento, o uso de toucas para proteção dos cabelos, a obrigação de uso de máscaras e da higienização das mãos na sala de espera do consultório, redução, sempre que possível, de aerossóis (vapores) e a modificação das cuspideiras, aproximando-a mais do paciente para evitar respingos”, explica João Reis, cirurgião-dentista e doutor em Odontologia.
Para o profissional, há ainda um fator que precisa ser levado em consideração: a relação com o paciente nesse período. “O rigor exigido pelo novo momento – no que tange às medidas de segurança – tende a tornar o relacionamento profissional X paciente mais frio, quebrando o vínculo, principalmente, com os novos pacientes”, pontua. “Temos que estar atentos, pois o distanciamento repercute na afetividade, já que nesse momento tão delicado precisamos evitar até o aperto de mão. Buscar alternativas que preencham essa lacuna é fundamental para manter a afetividade e o acolhimento na realização dos tratamentos, quebrando barreiras, especialmente, com aqueles que têm receio em realizar um protocolo dentário”, complementa o cirurgião-dentista.