A vontade de abrir um negócio próprio já fazia parte dos planos de Soraia Dias. Em janeiro deste ano ela, abriu sua loja on-line de roupas de bebê. Soraia faz parte de um universo de mulheres que empreende mais que os homens.
A proporção total de mulheres adultas ligadas ao empreendedorismo cresceu e, entre os “patrões mais recentes” (quem tem um negócio com menos de 3,5 anos), elas são maioria: 15,1% contra 14,7% no caso dos homens.
É o que mostra mais recente estudo do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) sobre o assunto, com base na pesquisa GEM (Monitor Global de Empreendedorismo, na sigla em inglês) Brasil 2015.
Soraia conseguiu transformar seu sonho em realidade com ajuda da Casa Feminaria, que tem o objetivo de fomentar o desenvolvimento profissional feminino. Na rede, as mulheres que querem abrir seu próprio negócio ou que querem melhorar um trabalho que já existe recebem orientação e apoio de outras mulheres para alcançar seus objetivos.
A empresária conta que conheceu a proposta pela internet e foi a um happy hour no local. Lá ela conheceu outras mulheres que a inspiraram e deram orientações preciosas para o seu negócio.
— A gente tinha dúvidas porque nunca tinha feito nada disso. Fiz consultoria com uma contadora, nesses encontros eu tive orientações sobre venda on-line, conheci algumas plataformas de meninas que já trabalham com isso… é uma rede de trocas e de experiências.
— Eu estava com problema de organizar a rotina e fui procurar uma consultora. Virei associada e adorei a assessoria dela. Consegui me organizar bem e consegui um retorno financeiro que nem era o que eu estava mirando. Veio 70% a mais de retorno.
A ideia de abrir a casa veio da advogada Ana Carolina Moreira Bavon. Ela trabalhava como consultora jurídica e sentiu a necessidade de dar voz para pequenas empreendedoras, porque notou que um dos maiores obstáculos encontrados por essas mulheres era a falta de o apoio na tomada de decisões, no desenvolvimento de estratégias e no reconhecimento do seu produto como negócio.
— Eu abri o grupo no Facebook e lá eu tirava dúvidas simples com relação a empresa. Depois, decidi que era hora de abrir o espaço físico que é para qualquer mulher, de qualquer profissão.
Desde a inauguração, a rede já atendeu mais de 700 mulheres por meio de atendimentos, plantões e eventos.
R7