m mais uma etapa do processo de acolhimento dos venezuelanos que chegam ao País, 230 imigrantes que estavam alojados em Boa Vista (RR) estão sendo transferidos, nesta terça-feira (25), para os municípios gaúchos de Porto Alegre, Canoas, Esteio e Cachoeirinha, além de Curitiba, capital do Paraná. Com isso, já passa de 2,2 mil o número de imigrantes venezuelanos encaminhados para outros estados brasileiros desde abril.
Segundo a Casa Civil, a interiorização busca ajudar os venezuelanos a encontrar melhores condições de vida em outros estados. Todos aceitam, voluntariamente, participar do programa e são vacinados, submetidos a exame de saúde e regularizados no Brasil – inclusive com CPF e carteira de trabalho.
O ministro do Desenvolvimento Social, Alberto Beltrame, ressaltou a importância da interiorização, tanto por oferecer novas oportunidades aos venezuelanos quanto por diminuir a sobrecarga do atendimento no Norte do Brasil. “Estamos vendo que é uma política acertada. O sucesso se dá na medida em que estados e municípios estão dispostos a receber estrangeiros e acolhê-los adequadamente, reduzindo a pressão em Roraima e as tensões, possibilitando um recomeço para esses venezuelanos”, destacou o ministro.
Beltrame esteve em Roraima, nesta segunda-feira (24), junto com correspondentes da imprensa internacional e representantes de agências ligadas à Organização das Nações Unidas (ONU). Eles visitaram um dos abrigos do estado. Atualmente, Boa Vista e Pacaraima contam com 12 abrigos para acolhimento de imigrantes. Juntos, eles podem atender a cerca de seis mil pessoas.
Interiorização
O programa de interiorização dos venezuelanos foi iniciado em abril e, até o momento, é responsável pela transferência de 2.206 imigrantes para municípios de São Paulo, Amazonas, Mato Grosso, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Pernambuco, Paraíba, Paraná e do Distrito Federal.
Desenvolvido com o objetivo de auxiliar os venezuelanos que chegam ao País a encontrar melhores condições de vida em outros estados do Brasil, o programa de interiorização conta com apoio da Agência da ONU para Refugiados (ACNUR), da Agência da ONU para as Migrações (OIM), do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) e do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).
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