O navio que transportou um tripulante filipino com malária para Salvador foi inspecionado por uma queipe da Angência Nacional Nacional de Vigilâncoa Sanitária (Anvisa), na tarde desta quinta-feira (6) e liberado para seguir viagem. Conforme o órgão, não foram encontrados indícios de outros casos da doença na embarcação.
O navio veio da África. A vistoria era para ter sido feita antes, mas o mau tempo impediu o transporte dos agentes da Anvisa até a embarcação. Na tarde desta quinta, a Anvisa chegou a informar, por meio de nota enviada pela assessoria de imprensa, às 16h32, que a inspeção não havia sido feita por causa do mau tempo na capital baiana.
Um laudo sobre a inspeção vai ser divulgado pela Secretaria da Saúde da Bahia (sesab). O tripulante filipino diagnosticado com a doença foi levado para o Hospital Aliança, onde continua internado. O estado de saúde dele não foi divulgado.
Caso
O tripulante filipino chegou a Salvador na segunda-feira (3), em um navio de bandeira holandesa, que veio da África. Em nota, a Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab) informou que foi recolhido um material do homem, que foi examinado no Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen). Segundo a Sesab, o filipino já estava doente quando desembarcou na capital.
Após o diagnóstico da malária, uma vistoria foi solicitada para identificar se há outras pessoas no navio com os sintomas da doença. Caso sejam identificados outros casos, será feita coleta de material para exame laboratorial e encaminhamento para serviços de saúde nos casos positivos. Além disso, possíveis focos do mosquito do gênero Anopheles, transmissor da malária, também deverão ser procurados na embarcação.v
Doença
A malária é uma doença infecciosa que provoca febre aguda, causada por protozoários, transmitidos pela fêmea infectada do mosquito Anopheles. A doença apresenta cura se for tratada em tempo e da forma adequada.
A maioria dos casos de malária se concentra na região Amazônica (Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins), área endêmica para a doença. Nas demais regiões, apesar das poucas notificações, a doença não pode ser negligenciada, pois se observa uma letalidade mais elevada que na região endêmica.
Dados
Conforme dados do Ministério da Saúde, na Bahia, foram notificados 20 casos em 2016, sendo 14 importados de outro país e seis com infecção na região Amazônica. Em 2017, este é o segundo caso notificado de malária pelo estado, sendo o primeiro com infecção na região amazônica. No entanto, a Sesab, informou que não há registro de malária na Bahia desde 2006, quando um turista desembarcou no estado com a doença.
G1